“Pra ser sincera, ainda não caiu a ficha”, disse Roselaine de Moura Silva. A família dela é uma das que foram contempladas e puderam assinar os contratos do programa Compra Assistida, em Novo Hamburgo, nesta sexta-feira (20).
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As famílias de Novo Hamburgo, afetadas pelas enchentes de maio, estiveram presentes durante uma reunião com a prefeita do município Fátima Daudt e o secretário nacional de Habitação Angelo Rabelo, na manhã de hoje.
Agora, a hamburguense vai poder passar o Natal de 2025 em uma nova casa com a família. “Acho que só vai acontecer quando eu botar o pé dentro do apartamento. Parece que tudo é ainda um sonho, disse Roselaine. Ela morava na Rua Leopoldo Wasun, teve a casa destruída pela enchente e estava morando de aluguel social. Com o programa, vai poder se mudar para o Residencial Mundo Novo, em Canuos.
Raquel Cizar Juliano compartilhou da mesma tristeza e, agora, também da alegria de Roselaine. Ela morava na Rua Floresta, na Vila Palmeira, e também viu as enchentes levarem tudo que tinha. Contemplada, está indo para o bairro Rio Branco. “Estou muito feliz, não vejo a hora de me mudar”, contou.
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Novas construções começam em 2025
Na ocasião, o secretário representou o ministro das Cidades, Jader Filho. Estavam presentes também o erente de Projetos da Secretaria Nacional de Habitação, Giordano Bruno Zani, o superintendente-executivo de Habitação da Caixa Federal no Vale do Sinos, Ricardo Darós, e a secretária municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Roberta Gomes de Oliveira.
A construção de 1.300 unidades habitacionais em Novo Hamburgo, que já estão contempladas, dependem ainda da análise de nove propostas de cinco empresas pela Caixa Econômica Federal, de acordo com a prefeitura.
Além disso, o Município afirma que os trâmites para a construção de mais 231 unidades habitacionais estão “praticamente concluídos”. A previsão é que as obras comecem ainda nos primeiros meses de 2025, no bairro Canudos.
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Fátima lembrou de como as enchentes afetaram a cidade e a vida de quem vive em Novo Hamburgo. “De uma hora para outra, tivemos mais de 4 mil pessoas abrigadas na Fenac”, afirmou. “Como arquiteta urbanista, sabia que precisaríamos de muito para reconstruir as vidas destas pessoas.”
A construção de 1531 unidades, somente em Novo Hamburgo, representa um investimento de mais de R$ 300 milhões em moradias. Conforme a prefeita, é o maior da história da cidade.
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Ainda, das mais de 11 mil unidades habitacionais preparadas para o Estado, o Vale do Sinos responde por mais de 5,1 mil, afirmou Darós. Sobre as análises das propostas para que mais sejam construídas, ele disse que estão sendo feitas em caráter de urgência. “Muitas propostas já receberam apontamentos para adequações, que devem ser providenciadas pelas empresas.”
Já o secretário Rabelo afirmou que o envolvimento do governo federal, em especial da Secretaria Nacional da Habitação, na reconstrução do RS deve seguir ainda por muitos anos. Zani afirmou que o Estado representou mudanças de paradigmas, como a crianção do programa Compra Assistida.
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