Nesta quinta-feira (18), o Jornal NH publicou um almanaque especial sobre a fauna e flora do Parque Municipal Luís Henrique Roessler de Novo Hamburgo, o Parcão. O conteúdo na íntegra pode ser conferido neste link. O caderno especial circula encartado na edição do jornal desta quinta. Além da versão digital, uma tiragem extra do almanaque será encaminhada ao Parcão para ser disponibiliza aos estudantes que visitam o local.
54 hectares de área verde no coração da cidade
Principal área de conservação de Novo Hamburgo, o Parque Municipal Henrique Luís Roessler está intimamente conectado à história da cidade. Carinhosamente chamado de “Parcão”, o espaço é resultado dos lotes remanescentes da divisão de terras entre os imigrantes, logo após o início da colonização alemã na região, por volta de 1825. A área era parte das terras do comerciante João Pedro Schmitt, imigrante do estado de Hessen, na Alemanha, e considerado um dos fundadores do município de Novo Hamburgo.
Considerado o maior espaço de lazer na área urbana da cidade, o Parcão é responsável, hoje, por cerca de quase 3 metros quadrados de área verde por habitante do município, contribuindo, assim, para melhor qualidade da vida da população. Com um total de 54,16 hectares, a unidade abriga, ainda, a Diretoria de Proteção Ambiental (DPA) da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam), além das atividades da Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Educação (Smed).
A Área de Relevante Interesse Ambiental (ARIE), como é tecnicamente chamada, foi criada em 1999 a partir da Lei Complementar Municipal nº 167, a qual aprovou o Plano de Manejo. O nome do Parcão, inclusive, faz uma homenagem a um dos precursores do movimento ecológico no Brasil. No entanto, a história do parque é ainda mais antiga. Em 1985, tendo à frente o artista plástico Ernesto Frederico Scheffel, já se pensava na manutenção das características históricas da cidade, principalmente de Hamburgo Velho, marco da fundação do município.
Em dezembro de 1985, lideranças comunitárias se reúnem para conhecer o trabalho de conclusão de curso em Arquitetura de Jussara Helena Kley. O trabalho previa a utilização daquela área para a criação de um parque público. No dia 31 de janeiro de 1986, uma comissão denominada Grupo do Parque se reuniu com o então prefeito Atalíbio Foscarini para a implantação do projeto, começando uma campanha comunitária liderada pelo Projeto “NH como Meta”, com o apoio da União Protetora do Ambiente Natural (UPAN) de São Leopoldo e Movimento Roessler.
Mas foi só em 19 de fevereiro de 1990 que foi assinada oficialmente a criação do parque, com a compra do terreno pela prefeitura, e, em 1992, foi instalada a infraestrutura básica para que a população pudesse usufruir do espaço.
Já em março de 2007, a prefeitura recebeu o parecer favorável da Divisão de Unidades de Conservação (DUC) da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, incluindo a unidade no Sistema Estadual de Unidades de Conservação.