A pouco mais de um mês para a chegada da Páscoa, que será celebrada no dia 31 de março, o comércio de chocolates já se prepara para a venda dos produtos que compõem a cesta das crianças e adultos. Nesta época, os ovos de chocolate vendidos em supermercados e os artesanais feitos por pequenos empreendedores fazem sucesso entre a clientela.
Foto: Laura Rolim/GES-Especial
Mesmo que o mês de fevereiro ainda nem tenha chegado ao fim, muitas pessoas já começaram a se preparar para iniciar a produção. As formas de plástico, chocolates em barra e embalagens para presente estão entre os itens mais procurados pelos consumidores.
Para Silvia Aguiles, 45, que trabalha há mais de 12 anos vendendo ovos de colher, a Páscoa já começou. Nesta segunda-feira (26), ela foi até a Ferga, em Novo Hamburgo, garantir alguns produtos para a montagem de fotos de divulgação. O empreendimento dela fica no bairro Roselândia, e as vendas acontecem de forma online e para empresas terceirizadas.
Conforme ela observa, desde que a opção artesanal começou a ganhar espaço durante a data, muitas pessoas têm preferido comprar de comerciantes locais. Para este ano, Silvia colocou como meta vender 200 ovos, todos através de encomendas. “Geralmente, trabalho com fila de espera. Teve ano que já vendi mais de 800 ovos. Como preciso conciliar com outro emprego, esse ano vou produzir menos”, explica.
A hamburguense afirma que os preparativos começaram há três semanas. “Já estamos armazenando alguma coisa”, diz Sílvia. Em relação ao preço, a doceira definiu um valor específico para os ovos de 500 gramas, além de um cardápio menor. Todos custam o mesmo preço: R$ 59,90.
Procura ainda é baixa
O gerente de marketing da Ferga, Edson Pacheco, comenta que em 2024 os clientes devem chegar mais próximos da data. Para março, o estabelecimento prevê não só a venda de produtos, mas também a procura pelos treinamentos. “Estamos vendo que as pessoas não estão mais só nos ovos de colher. Estão expandindo para as barras de chocolates, brownies, e itens presenteáveis”, observa.
Foto: Laura Rolim/GES-Especial
A embalagem é um dos focos de vendas do estabelecimento. De acordo com Pacheco, há um investimento grande em ensinar o público a como montar o material de divulgação, para que seja atrativo. “Nos dedicamos para educar o mercado para trabalhar bem a Páscoa”, diz.
A empresa começou a divulgar os produtos da data ainda em janeiro, e a expectativa é vender mais do que o ano passado, cerca de 20% a mais. “Estamos vendo que, depois da pandemia, as pessoas começaram a buscar conhecimento de como fazer os chocolates”, comenta o gerente. A Páscoa, conforme Pacheco, é a data em que a Ferga mais fatura.
Supermercados preveem boas vendas
Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados, Antônio Cesa Longo, a Páscoa é historicamente a segunda melhor data festiva, em vendas, para o setor de supermercados. “Neste ano, o consumidor está muito atento e buscando a valorização do seu dinheiro, o melhor custo-benefício. Por isso, muitos presentes serão chocolates pequenos, caixas de bombons e itens que oferecem uma gramatura maior em relação aos ovos de Páscoa, tradicionais e que ainda têm seu espaço – sobretudo junto às crianças”, avalia.
Conforme o presidente, será uma Páscoa de pesquisa de preços, compartilhamento de produtos e presentes com menor custo. “Os supermercados vêm buscando garantir opções para todos os bolsos e gostos, levando o espírito da Páscoa a todas as famílias”, completa Longo.
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