Com a apresentação de 21 alunos do Polo Avançado, o Núcleo de Orquestras Jovens de Novo Hamburgo realizou nesta terça-feira (25) sua aula inaugural para o ano de 2024. A apresentação aconteceu no Teatro Feevale e na plateia contou com a presença dos alunos de todos os polos.
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Foto: Bernardo Kupssinskü
Regidos pelo maestro Ismael Almeida, os músicos apresentaram sete músicas, e ainda atenderam ao pedido de boas do público. Após a apresentação dos jovens, os professores também apresentaram mais três músicas.
Coordenador geral do Núcleo de Orquestras Jovens, Gustavo Müller comemorou a ampliação do projeto em 2024, que realizou pela segunda vez na história uma aula inaugural. “A gente fez a primeira no ano passado, e repete agora nesse início de ano de novo justamente para marcar a retomada do projeto neste ano, então com 10 escolas novas escolas.”
Müller destacou que o trabalho que vem sendo realizado junto às crianças e adolescentes tem um objetivo maior, o de tornar apresentações de música clássica uma constante no município. “No futuro que a gente possa ter a orquestra sinfônica do projeto, ou várias pequenas orquestras de câmara, que é o intuito, e cada escola vai ter uma pequena orquestra de câmara.”
Desenvolvimento rápido
Estudante do oitavo ano do Colegio Estadual Dr Wolfram Metzler, Victória Eduarda Mattos da Costa, 13 anos, começou no projeto no ano passado e rapidamente se destacou, conquistando seu espaço entre os mais avançados. Apaixonada por arte, ela encontrou no estudo de violino uma atividade que pode prender sua atenção. “Eu sempre começava as coisas e desistia, mas com a música estou seguindo e quero continuar.”
Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial
Assim como Victória, o estudante do Colégio Estadual 25 de Julho, Mikael Machado, 17 anos, também demonstrou uma aptidão e rapidez no aprendizado. Em seis meses participando das aulas de viola de ar ele conseguiu se tornar integrante do Polo Avançado de música da Orquestra Jovem.
“Nunca tinha tocado nenhum instrumento antes, nem tive contato, mas gostava muito de ouvir música e já ouvia bastante música clássica”, conta ele, que se surpreende com seu próprio rápido desenvolvimento.
Arte para a vida
Mesmo tendo um pai que tocou violão na juventude, Victória também foi ter contato com o estudo musical dentro da orquestra, onde aprendeu desde a teoria até a prática. Ligada a outras formas de arte, ele dedica o contraturno escolar para os ensaios em casa.
“Gosto de tudo ligado à arte, gosto tanto de tocar quanto de desenhar, tento ao máximo estudar bastante depois da escola”, conta ela.
Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial
Já para Maikel, o contato com o instrumento antes desconhecido agora é um incentivo para se aprofundar ainda mais no conhecimento de música clássica. “Quando eu entrei no projeto eu comecei a pesquisar, mas eu comecei a entender como que funciona tudo direito com a orquestra e foi interessante poder ver onde o instrumento se encaixa, a viola de ar, que tem um repertório menor que o violino, mas tem obras muito interessantes”, conta ele, ao falar das pesquisas que faz.
Ouvinte de clássicos como Mozart e Chopin, Maikel tem um compositor e uma obra favorita. “Até hoje o que me apaixonou foi o conserto de Christian Bach. Foi um concerto muito enérgico, assim, muito impactante.”
Em 2024 a Orquestra Jovem de Novo Hamburgo atenderá 25 das 52 escolas da cidade. Mais de 340 alunos já estão matriculados, mas ainda há vagas abertas para interessados.
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