GALERIA DE ARTE A CÉU ABERTO
ONG de Taquara usa o grafite para colorir o Vale do Paranhana
Projeto oferece oficinas a crianças e adolescentes de 4 a 17 anos
Última atualização: 18/01/2024 10:27
As ruas e os muros do Vale do Paranhana estão mais coloridos a cada dia graças à atuação da ONG Vida Breve, de Taquara. Uma oficina de grafite, que mistura cores e formatos, é oferecida pela entidade a crianças e adolescentes, na intenção de apresentar novas perspectivas aos jovens por meio da educação.
As ruas cobertas de Taquara e Três Coroas, a sede da Brigada Militar de Taquara e o Lar Padilha, também em Taquara, foram alguns dos locais que já ganharam vida com um pouco de tinta. Ao todo, 12 espaços foram transformados na região. Mas além de modificar o espaço urbano, a ONG busca mudar a vida de jovens, de 4 a 17 anos, envolvidos nos projetos.
De acordo com o presidente e fundador da entidade, Airton Schirmer, em 2022 a organização já atendeu 690 pessoas. Na oficina de grafite, relata, o trabalho começa ainda em sala de aula. "A gente iniciou essa oficina com o básico, aprendendo o desenho no papel. Depois, a gente começou a fazer trabalho interno e, após isso, fomos para o muro", relata.
Segundo ele, a intenção de usar o grafite veio da vontade de revolucionar a arte. "A gente quis despadronizar o grafite e colocar o máximo de diversidade em cores, deixando mais leve e colorido. E a partir disso, misturamos adolescentes de periferia direto na prática na rua."
Para 2023, a expectativa é que a ONG cresça ainda mais. Schirmer diz que, anualmente, o número de pessoas atendidas sobe de 5 a 10% e que "a tendência é chegarmos a 1 mil atendimentos só em Taquara".
Outras atividades
Além da oficina de grafite, a organização oferece ainda cursos de rap e poesia; cinema; tecnologia da informação; recreação para crianças; matemática; inglês; ritmos para a terceira idade; e, ainda, grupo de estudos para auxiliar adolescentes nas provas de vestibular.
"A gente atende jovens em cumprimento de medida de socioeducativa. Fazemos um curso de formação continuada para esse público. Trabalhamos questões de liderança, projeto de vida e mediação de conflitos", elenca.
Inspiração da sala de aula
A ideia de criar a ONG não era algo planejado por Schirmer, que é também matemático por formação. Foi em uma das aulas na escola em que lecionava, durante os anos 1990, que o projeto teve início, meio que por acaso. Enquanto tentava passar os conteúdos à turma, alunos começaram a dançar hip-hop. Foi a partir daí que ele propôs aos estudantes formar um grupo focado no ritmo, associado a aulas práticas sobre geometria, noções de espaço, ponto, reta e plano.
O espaço da escola ficou pequeno para o grupo, que precisou ocupar o pavilhão da comunidade, fora do horário escolar. Foi então que surgiu o projeto "Se tu lutas, tu conquistas", que viria a se tornar a ONG Vida Breve após Schirmer perder uma das filhas em um acidente de trânsito.
O professor de matemática deixou a sala de aula para se dedicar à entidade e não parou mais. Atualmente, mais de 5 mil crianças e adolescentes já foram atendidos pela ONG.
As ruas e os muros do Vale do Paranhana estão mais coloridos a cada dia graças à atuação da ONG Vida Breve, de Taquara. Uma oficina de grafite, que mistura cores e formatos, é oferecida pela entidade a crianças e adolescentes, na intenção de apresentar novas perspectivas aos jovens por meio da educação.
As ruas cobertas de Taquara e Três Coroas, a sede da Brigada Militar de Taquara e o Lar Padilha, também em Taquara, foram alguns dos locais que já ganharam vida com um pouco de tinta. Ao todo, 12 espaços foram transformados na região. Mas além de modificar o espaço urbano, a ONG busca mudar a vida de jovens, de 4 a 17 anos, envolvidos nos projetos.
De acordo com o presidente e fundador da entidade, Airton Schirmer, em 2022 a organização já atendeu 690 pessoas. Na oficina de grafite, relata, o trabalho começa ainda em sala de aula. "A gente iniciou essa oficina com o básico, aprendendo o desenho no papel. Depois, a gente começou a fazer trabalho interno e, após isso, fomos para o muro", relata.
Segundo ele, a intenção de usar o grafite veio da vontade de revolucionar a arte. "A gente quis despadronizar o grafite e colocar o máximo de diversidade em cores, deixando mais leve e colorido. E a partir disso, misturamos adolescentes de periferia direto na prática na rua."
Para 2023, a expectativa é que a ONG cresça ainda mais. Schirmer diz que, anualmente, o número de pessoas atendidas sobe de 5 a 10% e que "a tendência é chegarmos a 1 mil atendimentos só em Taquara".
Outras atividades
Além da oficina de grafite, a organização oferece ainda cursos de rap e poesia; cinema; tecnologia da informação; recreação para crianças; matemática; inglês; ritmos para a terceira idade; e, ainda, grupo de estudos para auxiliar adolescentes nas provas de vestibular.
"A gente atende jovens em cumprimento de medida de socioeducativa. Fazemos um curso de formação continuada para esse público. Trabalhamos questões de liderança, projeto de vida e mediação de conflitos", elenca.
Inspiração da sala de aula
A ideia de criar a ONG não era algo planejado por Schirmer, que é também matemático por formação. Foi em uma das aulas na escola em que lecionava, durante os anos 1990, que o projeto teve início, meio que por acaso. Enquanto tentava passar os conteúdos à turma, alunos começaram a dançar hip-hop. Foi a partir daí que ele propôs aos estudantes formar um grupo focado no ritmo, associado a aulas práticas sobre geometria, noções de espaço, ponto, reta e plano.
O espaço da escola ficou pequeno para o grupo, que precisou ocupar o pavilhão da comunidade, fora do horário escolar. Foi então que surgiu o projeto "Se tu lutas, tu conquistas", que viria a se tornar a ONG Vida Breve após Schirmer perder uma das filhas em um acidente de trânsito.
O professor de matemática deixou a sala de aula para se dedicar à entidade e não parou mais. Atualmente, mais de 5 mil crianças e adolescentes já foram atendidos pela ONG.
As ruas cobertas de Taquara e Três Coroas, a sede da Brigada Militar de Taquara e o Lar Padilha, também em Taquara, foram alguns dos locais que já ganharam vida com um pouco de tinta. Ao todo, 12 espaços foram transformados na região. Mas além de modificar o espaço urbano, a ONG busca mudar a vida de jovens, de 4 a 17 anos, envolvidos nos projetos.