EMPREGO E RENDA

Oficinas na Fenac ajudam abrigados a passar o tempo e ter novas perspectivas profissionais

Abrigo aceita voluntários para ministrar mais oficinas profissionalizantes

Publicado em: 06/06/2024 15:21
Última atualização: 06/06/2024 15:22

Em meio aos desafios enfrentados pela população abrigada na Fenac, em Novo Hamburgo, o espaço de saúde mental tem promovido iniciativas de saúde e bem-estar que vão além da simples assistência emergencial.

Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas diversas ocorrem no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial
Oficinas profissionalizantes no abrigo da FenacGiordanna Vallejos/GES-Especial

Por meio de uma série de parcerias e programas, o espaço está oferecendo oficinas profissionalizantes e recreativas para os mais vulneráveis. Os abrigados recebem o material para fazer os trabalhos manuais e ficam com as suas produções.

Sayonara de Matos, gerente de saúde mental, ressalta que as oficinas têm se mostrado um recurso fundamental para a saúde mental e a integração social dos abrigados. Uma das que mais tiveram adesão, segundo ela, foram as oficinas de tricô e crochê para mulheres e crianças.

Conexão e aprendizado

Uma das oficinas mais populares é a de crochê, realizada todas as terças-feiras à tarde. Marines de Fátima Amaral Lourenço e sua filha Raissa Amaral Lourenço, de 14 anos, encontraram no curso de crochê uma maneira de se conectar e aliviar o estresse causado pela situação difícil que enfrentam no abrigo.

Marines, que já tem experiência com tricô, comenta: “É um modo de se distrair, uma terapia que ajuda a esquecer os problemas do dia a dia. Também posso fazer para vender” explica ela.

Raissa, por sua vez, expressa a alegria de aprender algo novo ao lado da mãe: “Estou me distraindo um pouco e aprendendo algo que sempre achei legal. Apesar da situação, essas atividades ajudam a gente a se sentir um pouco melhor”.

A importância do suporte psicológico

Além das oficinas, o acompanhamento psicológico é essencial. Eva Lucia Oliveira, psicóloga responsável que participa junto durante as oficinas, explica a abordagem adotada: “Notamos que pessoas estavam muito desocupadas, precisando de alguma atividade. Isso também é importante para geração de empregos e renda após o desabrigamento”.

Ela complementa que a atividade manual serve como um canal para conversas e apoio emocional: “Através da atividade manual, também vamos conversando”.

As crianças também recebem atenção especial com oficinas de brincar e atividades educativas. Eva Lucia Oliveira, psicóloga responsável, destaca que oficinas como a do "brincar" são realizadas regularmente, proporcionando um espaço onde as crianças podem se envolver em atividades lúdicas e educativas.

Além disso, são promovidas ações específicas, como a oficina de prevenção ao abuso sexual, que utiliza materiais didáticos para educar e proteger as crianças. "Estamos sempre buscando formas de ocupar as crianças com atividades que não só entretêm, mas também educam e promovem a saúde mental", explica Eva, reforçando a importância dessas iniciativas no apoio psicológico e emocional dos jovens abrigados.

Como ajudar?

Atualmente, as oficinas ministradas são: oficina psicopedagógica, oficina de tricô, oficina do brincar, oficina de habilidades manuais e oficina de crochê. Porém, profissionais de diversas áreas podem ofertar uma oficina de um dia ou contínua, caso queiram ajudar e seja possível executar no espaço. 

A contribuição de voluntários tem sido fundamental para o sucesso das oficinas. Sayonara de Matos menciona a participação de pessoas que ensinam habilidades como tranças e trabalhos manuais: “Foi uma pessoa voluntária que veio fazer a oficina de tranças. A gente está sempre buscando novas parcerias, é só vir para a Fenac e pedir para falar com a área de saúde mental”, explica ela. 

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Matérias Relacionadas