POLÍTICA EM NOVO HAMBURGO
O que está por trás da tensão entre Luz e o governo Fatima
Vereador revela mágoas, enquanto o MDB quer 'aparar erestas'
Última atualização: 22/01/2024 10:21
Um caso emblemático tem gerado desconforto no MDB e na base governista. Após 13 anos, a sigla de reconhecida tradição voltou ao comando do Executivo a partir da filiação da prefeita Fatima Daudt. Logo ao assumir a titularidade do mandato na Câmara em função da morte do ex-vereador Serjão Hanich, Inspetor Luz, também do MDB, tem mantido posição crítica e incisiva. Inclusive, estes posicionamentos têm causado atritos e cobranças de todos os lados.
Apesar de visto como opositor, Luz faz questão de refutar a tese. "Não estou mais na oposição do que na base. Alguns projetos entendo que não são pertinentes votar a favor, voto contra. Aquilo que a prefeita enviar em favor da população, sem prejuízo a outras pessoas ou classes, serei favorável", justifica.
Algo que contribui nessa rusga são situações ainda não totalmente digeridas. "Quando não me reelegi (em 2020), ninguém do meu partido - quando digo ninguém é quem era governo ou alguém do governo - me fez uma ligação perguntando se eu queria um copo d'água. Isso não existiu. Como eu não tinha voto, não precisavam de mim. Então, tudo certo, sem problema nenhum. Houve esse esquecimento por parte de alguns partidários e do próprio governo municipal."
MDB
Fatima diz estar feliz na nova casa e quer distância da polêmica. Além disso, entende que os embates que geraram este mal-estar foram por questões internas e seriam anteriores à chegada ao MDB. "Sei que o MDB tem conversado com ele a respeito, mas sigo o trabalho aqui. Sempre tive uma boa relação com o Inspetor Luz", afirma a prefeita.
Luz nega radicalismo de posição
Presidente municipal do MDB, Deiwid Amaral informa que hoje terá reunião do diretório, a partir das 19h30, e a expectativa é serenar os ânimos para avançar no tema. "Vamos retomar as conversas para tentar trazer o vereador de volta", reitera. "Estamos tentando aparar as arestas da melhor forma possível", complementa. Por sua vez, o vereador nega qualquer atrito pessoal com Fatima. "Não tenho nada contra A, B ou C. Só que a convicção do meu voto é personalíssima. Eu analiso como tenho que votar determinado assunto, mas não sou radical de votar tudo contra ou estar contra a prefeita", explica. Entretanto, reforça que tem história no partido para manter a posição de independência. "Eu não sou do partido da prefeita, a prefeita é do meu partido. Sou filiado desde 1999 e a prefeita faz quatro meses que está no MDB."
Posição sobre a reforma ainda é uma incógnita
O que já não vinha bem implodiu com a posição do vereador nos projetos polêmicos sobre a reforma da previdência. Luz entende que alterações precisam ser feitas, mas quer mais diálogo antes de votar. Mesmo que evite sinalizar qual será sua posição, os indicativos foram colocados na mesa. "Concordo que a prefeita não é a culpada pelo (déficit) atuarial de R$ 2,6 bilhões. Se não é dela a responsabilidade, muito menos (seria) do funcionalismo." Como há uma mobilização para uma nova rodada de conversas, diz que é momento de aguardar. As maiores reclamações por parte dos emedebistas vieram por Luz barrar a tramitação em regime de urgência da reforma. "Eu não votei contra o MDB, nem contra a prefeita. Votei para se ter mais diálogo na discussão dos projetos."
Um caso emblemático tem gerado desconforto no MDB e na base governista. Após 13 anos, a sigla de reconhecida tradição voltou ao comando do Executivo a partir da filiação da prefeita Fatima Daudt. Logo ao assumir a titularidade do mandato na Câmara em função da morte do ex-vereador Serjão Hanich, Inspetor Luz, também do MDB, tem mantido posição crítica e incisiva. Inclusive, estes posicionamentos têm causado atritos e cobranças de todos os lados.
Apesar de visto como opositor, Luz faz questão de refutar a tese. "Não estou mais na oposição do que na base. Alguns projetos entendo que não são pertinentes votar a favor, voto contra. Aquilo que a prefeita enviar em favor da população, sem prejuízo a outras pessoas ou classes, serei favorável", justifica.
Algo que contribui nessa rusga são situações ainda não totalmente digeridas. "Quando não me reelegi (em 2020), ninguém do meu partido - quando digo ninguém é quem era governo ou alguém do governo - me fez uma ligação perguntando se eu queria um copo d'água. Isso não existiu. Como eu não tinha voto, não precisavam de mim. Então, tudo certo, sem problema nenhum. Houve esse esquecimento por parte de alguns partidários e do próprio governo municipal."
MDB
Fatima diz estar feliz na nova casa e quer distância da polêmica. Além disso, entende que os embates que geraram este mal-estar foram por questões internas e seriam anteriores à chegada ao MDB. "Sei que o MDB tem conversado com ele a respeito, mas sigo o trabalho aqui. Sempre tive uma boa relação com o Inspetor Luz", afirma a prefeita.
Luz nega radicalismo de posição
Presidente municipal do MDB, Deiwid Amaral informa que hoje terá reunião do diretório, a partir das 19h30, e a expectativa é serenar os ânimos para avançar no tema. "Vamos retomar as conversas para tentar trazer o vereador de volta", reitera. "Estamos tentando aparar as arestas da melhor forma possível", complementa. Por sua vez, o vereador nega qualquer atrito pessoal com Fatima. "Não tenho nada contra A, B ou C. Só que a convicção do meu voto é personalíssima. Eu analiso como tenho que votar determinado assunto, mas não sou radical de votar tudo contra ou estar contra a prefeita", explica. Entretanto, reforça que tem história no partido para manter a posição de independência. "Eu não sou do partido da prefeita, a prefeita é do meu partido. Sou filiado desde 1999 e a prefeita faz quatro meses que está no MDB."
Posição sobre a reforma ainda é uma incógnita
O que já não vinha bem implodiu com a posição do vereador nos projetos polêmicos sobre a reforma da previdência. Luz entende que alterações precisam ser feitas, mas quer mais diálogo antes de votar. Mesmo que evite sinalizar qual será sua posição, os indicativos foram colocados na mesa. "Concordo que a prefeita não é a culpada pelo (déficit) atuarial de R$ 2,6 bilhões. Se não é dela a responsabilidade, muito menos (seria) do funcionalismo." Como há uma mobilização para uma nova rodada de conversas, diz que é momento de aguardar. As maiores reclamações por parte dos emedebistas vieram por Luz barrar a tramitação em regime de urgência da reforma. "Eu não votei contra o MDB, nem contra a prefeita. Votei para se ter mais diálogo na discussão dos projetos."
Apesar de visto como opositor, Luz faz questão de refutar a tese. "Não estou mais na oposição do que na base. Alguns projetos entendo que não são pertinentes votar a favor, voto contra. Aquilo que a prefeita enviar em favor da população, sem prejuízo a outras pessoas ou classes, serei favorável", justifica.
Algo que contribui nessa rusga são situações ainda não totalmente digeridas. "Quando não me reelegi (em 2020), ninguém do meu partido - quando digo ninguém é quem era governo ou alguém do governo - me fez uma ligação perguntando se eu queria um copo d'água. Isso não existiu. Como eu não tinha voto, não precisavam de mim. Então, tudo certo, sem problema nenhum. Houve esse esquecimento por parte de alguns partidários e do próprio governo municipal."