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TRANSPORTE PÚBLICO

NOVO HAMBURGO: Passageiros relatam confusão e falta de orientação sobre mudanças de horários dos ônibus

Desde terça-feira (14), durante seis horas diárias não há circulação de coletivos na cidade

Joceline Silveira
Publicado em: 17/05/2024 às 21h:05 Última atualização: 19/05/2024 às 19h:01
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Usuários do transporte coletivo de Novo Hamburgo estão encontrando dificuldades devido a racionalização das linhas de ônibus municipais, implantada no começo desta semana. Nesta sexta-feira (17), passageiros ainda relatavam falta de orientação sobre as alterações e muita gente ainda estava confusa com relação ao itinerário das novas opções de linhas.

mudanças nos ônibus ainda deixam passageiros confusos | abc+



mudanças nos ônibus ainda deixam passageiros confusos

Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

Desde terça-feira (14), durante seis horas, em três momentos do dia, não há circulação de ônibus: das 8h30 às 10h30, das 14 horas às 16h30 e das 19h30 às 21 horas. “Eu vim cedo para conseguir retornar pra casa antes da paralisação, mas atrasei na farmácia. O negócio agora vai ser esperar”, afirmou Antônio Brain, de 68 anos.

Por volta das 9h30, o morador do bairro Rincão já projetava uma espera de, pelo menos, duas horas até a próxima condução passar pela Plataforma 2 da Avenida 1º de Março, Centro. “Eles (ônibus) só vão voltar a circular às 10h30 e meu primeiro horário depois disso é às 11 horas. Já sei que vou chegar só pro almoço”, desabafa. “O pior é que não tem um cartaz informando os horários”, completa.

As mudanças, conforme a gestão municipal e a Viação Santa Clara (Visac-RS), ocorrem devido ao eminente desabastecimento de combustível, além da redução do quadro de funcionários, afetados pela enchente e queda no número de passageiros. “Não temos histórico exato em função de que a situação atual das cheias coincide com o início da operação. Pela projeção previstas, redução de 70%”, informou a Visac.

Dúvidas frequentes

A reportagem circulou pelos pontos de ônibus da Rua Julio de Castilho e as Plataformas 1,2 e 3, principais terminais de ônibus de Novo Hamburgo na manhã de sexta-feira, para conversar com os usuários do sistema de transporte público, que relataram, em sua maioria, estarem confusos com as mudanças.

Antônio Brain, morador do bairro Rincão | abc+



Antônio Brain, morador do bairro Rincão

Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

O aposentado Ivo Rossa, 80, morador de Canudos, acostumado com os intervalos de 30 a 40 minutos entres os ônibus, já sabia das alterações e veio preparado para o “chá de banco”. “Cada semana é uma mudança. A gente fica perdido, mas o jeito é esperar. Não dá pra ficar pegando Uber toda hora”, pontua.

A artesã Evora Sarmento não sabia da mudança na grade  | abc+



A artesã Evora Sarmento não sabia da mudança na grade

Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

A artesã Evora Sarmento, 70, que mora no bairro Pátria Nova, não sabia que duas linhas de ônibus que costuma pegar para voltar para casa seriam suspensas. Sozinha, ela aguarda uma amiga na parada da Rua Julio de Castilho, próximo à Praça 20 de Setembro. “Vim aqui pra ir ao banco e desceríamos pra pegar o ônibus, agora já não sei”, avalia. O injetor Cléo Lisboa, 67, optou por não esperar e organizou um sistema de caronas entre os colegas de trabalho. “Tá a semana toda assim. Tu espera, paga mais caro pra ir de aplicativo, o que pesa demais no fim do mês ou pede carona”, argumenta enquanto aguarda o transporte para a fábrica que fica no bairro Santo Afonso.

O que diz a Visac

Sobre a redução do número de funcionários em função das chuvas, a empresa informou que o quadro atual é composto por 126 motoristas, o que seria “suficiente para atender à demanda”. “Tivemos dias com 13 faltas, 10% do quadro. Nesta sexta-feira, incluindo atestados médicos, foram 20 ausências”, informou à reportagem.

Outro ponto levantado, tanto pela Prefeitura – que determina a grade de horário-, quanto pela Visac, seria o desabastecimento de combustível devido à logística de entrega, prejudicada pela infraestrutura viária afetada pelas chuvas. “A Visac tem abastecimento próprio, adquire direto da distribuidora. E não temos a garantia do cumprimento dos prazos de entregas previstos”, diz a empresa.

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