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PÓS-ENCHENTE

Novo Hamburgo conclui recolhimento de 35 mil toneladas de entulhos

Prefeitura segue, agora, com serviços de varrição, hidrojato e pintura de meio-fio

Giordanna Vallejos
Publicado em: 04/07/2024 às 17h:14 Última atualização: 04/07/2024 às 17h:14
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Novo Hamburgo conclui, nesta sexta-feira (5) o trabalho de recolhimento de entulhos decorrentes da enchente que devastou a cidade. Desde o final de maio, a cidade promoveu a retirada de aproximadamente 35 mil toneladas de restos de móveis, eletrodomésticos e entulhos.

Alguns locais da Vila Palmeira, no bairro Santo Afonso, estarão nesta sexta-feira com o serviço final de recolhimento e varrição. A Vila Kipling e Getúlio Vargas, no bairro Canudos, e o bairro Industrial também receberão o trabalho.



A mobilização começou nos bairros mais afetados, como Santo Afonso, Industrial, Canudos e Lomba Grande. “A gente começou um pouquinho antes, no bairro Canudos, onde baixou água antes. Mas na Santo Afonso, efetivamente, começamos a mobilizar equipes no dia 25 de maio”, explica o secretário de Meio Ambiente de Novo Hamburgo, Ráfaga Fontoura.

As chuvas intensas e a alta do Rio dos Sinos e dos arroios provocaram a histórica enchente que devastou essas áreas.

O cenário inicial era assustador. “Quando viemos para cá, no dia 25, era uma questão assustadora. Chegamos a nos perguntar, como vamos fazer isso? Pois era muita coisa”, relembra Fontoura.

No entanto, com a dedicação das equipes, o trabalho foi progredindo diariamente. Hoje, as ruas não apresentam mais montanhas de entulhos.

A administração de todo esse entulho envolveu três grandes transbordos na cidade. “Temos três transbordos, o antigo canteiro de obras do trem, em Canudos, na Kippling, e a nossa pedreira”, detalha Fontoura.

Os resíduos, atualmente armazenados temporariamente nesses transbordos, serão encaminhados para aterros licenciados em Gravataí. “A notícia boa é que saíram as portarias, então, são R$ 9 milhões que usaremos para limpar todos os transbordos, as ruas e deixar tudo pronto”, afirma Ráfaga. Os recursos são provenientes do governo federal.

A ação de limpeza contou com dezenas de caminhões, retroescavadeiras e servidores. Além disso, o serviço foi apoiado pelo Exército Brasileiro, através de maquinários e militares do 19º Batalhão de Infantaria Motorizado de São Leopoldo e do 1º Batalhão de Engenharia de Combate do Rio de Janeiro.

Limpeza continua

Além das máquinas pesadas, também existe a parte da limpeza mais detalhada. “Já começamos a fazer a varrição de algumas ruas”, disse o secretário.

Ráfaga destaca que a partir da próxima semana, se as condições climáticas permitirem, começam os trabalhos com hidrojato, varrição e pintura de meio-fio.

A sensação de alívio e felicidade entre os moradores é perceptível. Mairia Lira Bairros, de 75 anos, moradora da Vila Palmeira, compartilhou sua experiência: “Minha casa caiu, mas vim olhar hoje como está o bairro. As ruas estão melhores, mas o dia que desci aqui para olhar a minha casa deu vontade de fugir de volta. Agora está bem melhor a situação nas ruas. Nunca vi uma situação assim aqui no bairro.”

Próximos passos

O trabalho não termina aqui. “A parte maior está se encerrando agora. Vai ficar o rescaldo. Então, a gente vai ter todo mês de julho para quem continua tirando coisas de dentro de casa”, explica o secretário. Ele também menciona a continuidade dos trabalhos de revitalização das praças nos bairros afetados pela enchente.

Moradores que ainda necessitarem de serviços de recolhimento de entulho podem acionar a Secretaria de Meio Ambiente.

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