Inspirada pela tradicional Laternenfest, a professora e dona do Ateliê Infantil Fazendo Arte, Simone Schilling, convidou os estudantes e familiares em 1983 para uma atividade diferente. Com lanternas confeccionadas com caixas de papelão e velas, o grupo caminha pelas ruas do bairro Boa Vista, em Novo Hamburgo.
Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial
Passados 41 anos da primeira vez que o evento foi realizado, a adesão da comunidade aumentou e se transformou em uma tradição. “Tem gente que espera este momento, já coloca no seu calendário, porque é quando se reúne família, é o momento de início do Natal”, resume Simone. A edição de 2024 foi realizada na noite deste domingo (1º) e contou com a presença de dezenas de pessoas, entre crianças e adultos.
LEIA TAMBÉM: Coro Julio Kunz dá início às apresentações natalinas em Novo Hamburgo; confira a programação
Enquanto no país europeu a caminhada é feita no final de novembro para celebrar São Martinho e também marcar as comemorações de Natal, em Novo Hamburgo a tradição sofreu adaptações. Ao invés do final de novembro, a caminhada acontece no primeiro domingo do Advento, data que para o cristianismo marca o começo das preparações para o nascimento de Jesus.
Em família
Durante a caminhada neste domingo, o casal Fred Elias, 68, e Claude Elias, 66, acompanhavam o neto Guilhermo Castelan, de 6 anos. Assim, a família mantém a tradição iniciada justamente nas primeiras edições da Noite das Lanternas. “A gente participa deste evento há pelo menos 40 anos, nossas filhas já frequentavam a escola, depois veio a neta mais nova, o neto do meio, a mais nova”, conta Fred.
VEJA MAIS: Prefeitura procura por famílias que perderam casa e ainda não fizeram cadastro
A relação da família com o Atelier e com o evento natalino foi se fortalecendo ao longo das décadas. “O que faz sucesso é o espírito natalino, que renova de forma automática, o espírito natalino tem que se perseverar sempre”, resume Fred. De acordo com ele, essa ligação com a caminhada tem raiz justamente na questão familiar. “É um evento muito esperado por todos porque reúne família, é hora de renovar a fé e a esperança”, explica Fred.
Simplicidade
Simone credita o sucesso do evento à insistência, mas aliado também a mensagem familiar da Noite das Lanternas. “O que a gente festeja é a simplicidade, em uma caixa papel que é algo tão simples, ilumina e fica lindo.”
Para garantir a participação do maior número de pessoas possível, Simone confecciona junto com os alunos cerca de 500 lanternas. Assim, todos que chegam para participar da caminhada conseguem participar da atividade.
LEIA TAMBÉM
