Mesmo tendo iniciado pela manhã, a paralisação dos ônibus de Novo Hamburgo surpreendeu os usuários no final da tarde desta segunda-feira (23). O movimento ocorre em protesto dos motoristas por não terem recebido o adiantamento salarial, que deveria ter sido pago no dia 20.
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Para pressionar a empresa ao pagamento, os funcionários decidiram não sair às ruas nesta segunda-feira. Nas primeiras horas da ação, ainda havia alguns veículos circulando pela cidade, contudo, com a adesão de 95% dos motoristas no decorrer do dia, a cidade ficou sem ônibus circulando durante a tarde.
“Estamos querendo trabalhar, mas queremos receber. Assim que nos pagarem, a gente volta ao trabalho”, afirma Roberto Oliveira, um dos motoristas que cruzou os braços em protesto nesta segunda.
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A aposentada Terezinha Boccorny, 77, diz ter estranhado a demora pouco habitual na linha, mas só foi saber da paralisação por volta das 17h50. “Estou aqui há meia hora esperando meu ônibus, não sabia que não tinha. Vou ter que pedir um Uber, porque não tenho como ir caminhando”, relatava ela, pouco antes de se retirar do Paradão no Centro da cidade para pedir um aplicativo até a casa no bairro Ideal.
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Já a auxiliar de serviços gerais, Leonice Nunes Farias, 51 anos, chegou a ver o transporte público funcionando nas primeiras horas da manhã. “O ônibus estava normal no meu bairro ali por 7h30. É bem ruim saber agora que não tem ônibus, a gente chega cansado querendo chegar logo em casa.”
Para chegar em casa, Leonice optou por ir caminhando até o bairro Primavera, onde vive. “Não tem condições de pagar um Uber.”
Empresa responsável pelo transporte público, a Viação Santa Clara (Visac) alegou aos funcionários não ter recebido valores da prefeitura para pagar os funcionários. Por sua vez, a administração municipal garante que não tem nenhum débito em aberto com a empresa.
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