Em uma situação de enforcamento, o resultado entre a vida e a morte pode ser definido a partir de movimentos curtos e rápidos, usando o próprio corpo e que não exigem força física da vítima. Nesta circunstância, em vez de tentar retirar as mãos do agressor do pescoço puxando-as pelos pulsos, a ação mais eficaz é afastá-las pelos polegares. É o que ensina o krav maga, uma das técnicas de defesa pessoal que serão abordas neste sábado (11) durante a segunda edição do Workshop Defesa Pessoal para Mulheres. Das 70 vagas disponibilizadas, 50 já foram preenchidas.
Em comemoração ao mês da mulher, a aula aberta e gratuita acontece das 15 às 18 horas no Centro de Treinamento Charlão Fight Team (CFT), na Rua Sílvio Gilberto Christmann, nº 1312, no bairro Canudos. “Vamos demonstrar através da teoria e da prática como se livrar de situações de violência que podem acontecer dentro ou fora de casa”, conta o professor e empresário Charles da Silva Rodrigues, o Charlão.
A iniciativa é uma parceria entre o centro de treinamento e o 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) de Novo Hamburgo, que participará da ação com orientações teóricas, estatísticas de feminicídio e violência doméstica na cidade.
“Iremos explicar como são e quais são os caminhos para pedir ajuda em caso de violência, além de detalhar o trabalho realizado pela Patrulha Maria da Penha aqui”, afirma o major Alexandro dos Santos Famoso, que está respondendo pelo comando do 3º BPM.Para participar é necessário fazer a inscrição até essa sexta-feira (10) pelo telefone (51) 99709-3949.
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Ensino de técnicas
Além do enforcamento, as participantes vão aprender a se defender de uma série de outras agressões. Charles explica que o foco é ensinar o público feminino conceitos simples de defesa pessoal a partir de métodos eficientes, como a técnica de defesa pessoal criada em Israel (krav maga), o jiu-jitsu e muay thai.
Conforme Charlão, serão trabalhadas situações específicas, justamente para oferecer uma oportunidade de defesa em caso de violência. “Ensinamos, por exemplo, livramentos de pegada de mão e de estrangulamento no chão, na cama, de pé, contra a parede. O objetivo é que elas possam se defender caso sofram qualquer tipo de violência.”