A motorista Joice Luzia Scheffer, de 26 anos, que morreu após carro bater em árvore na RS-239, em Novo Hamburgo, na noite do último sábado (8), havia trocado de veículo três dias antes do acidente de trânsito fatal. Antes do Toyota Corolla ela tinha um Volkswagen Gol. “Sempre teve carro manual e agora era automático. Era um pouco rebaixado, então ela não estava acostumada com o carro”, observa Viviane Scheffer, 21, irmã da vítima.
Apaixonada pelo Grêmio, Joice teria saído com o novo veículo naquela tarde para assistir a partida do tricolor gaúcho pela Libertadores em um pub de Estância Velha. Conforme a irmã, ela foi acompanhada de duas amigas que teria conhecido recentemente. Porém, ela não avisou os familiares que sairia. Somente quando saía do estabelecimento avisou que estava indo na casa da irmã no bairro São José, em Novo Hamburgo.
Porém, no trajeto aconteceu a colisão no quilômetro 14 da rodovia, próximo a empresa BrasPress. Segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), o acidente foi registrado por volta das 23 horas, no sentido Estância Velha-Sapiranga. Joice morreu no local. As passageiras, ambas de 25 anos, teriam sido arremessadas do veículo com o impacto da batida. Elas foram levadas para o Hospital Municipal em estado grave.
Segundo a Fundação de Saúde de Novo Hamburgo (FNSH), as duas mulheres seguiam internadas na noite desta quinta-feira (13). O quadro de saúde delas é estável.
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Joice morava com a filha de 6 anos em um apartamento que havia comprado no fim do ano passado no bairro Canudos. No entanto, naquele final de semana a menina, que é diagnosticada com Transtorno de Espectro Autista (TEA), estava com o pai, pois era o final de semana dele com a criança.
“Não está assimilando tanto, ela [filha de Joice] é muito agitada e vai começar a sentir falta da mãe nos próximos dias.” A família materna afirma que pretende ficar com a tutela da menina, embora o genitor tenha demonstrado a mesma intenção.
Para a família e amigos, Joice é lembrada como uma mulher forte, alegre, sonhadora e excelente mãe.“Gostava de ficar com a família e a filha dela”, conta Viviane sobre o tempo livre da irmã.
A irmã da vítima fatal relata que a família não conhece as duas amigas que estavam com ela no momento do acidente. “Foi tudo tão estranho para nós, que do nada ela acabou postando coisas com essas garotas, que não era de vínculo, então foi muita surpresa para nós”, afirma.
Sobre contato com a família das jovens feridas, salienta que foi apenas para entregar pertences que estavam no veículo de Joice. “Conversamos com o irmão, nós pegamos o celular de uma delas no acidente e a mala de uma delas também, mas não mantemos contato”, detalha Viviane.
As circunstâncias do acidente é investigada pela 1ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo.
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