Há cerca de um ano, Cleiton de Paulus, 41 anos, deixou o emprego com carteira assinada em um supermercado de Novo Hamburgo para se dedicar a rodar como motorista de aplicativo na cidade. “Meu salário era bom, mas hoje ganho três a quatro vezes a mais”, afirma ele. No entanto, ainda não satisfeito com a nova renda, ele fez do carro uma loja.
Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial
Inclinado para a frente e enfeitado com uma planta plástica, o banco do carona foi transformado em uma espécie de mini comércio. A maior parte dos produtos à venda são de beleza feminina, mas ele também comercializa guarda-chuvas e cabos de carregador.
A loja inusitada foi montada há cerca de um mês, após, durante uma viagem, Paulus ver um motorista de aplicativo de Uberlândia, em Minas Gerais, fazer o mesmo. Ele conta que chegou a conversar com o colega mineiro, até para se inteirar melhor sobre os produtos femininos. “Eu não entendia nada disso, de cremes, óleos, daí ele me ajudou. Hoje sou o único da região a fazer isso”, afirma, convicto.
O morador de Novo Hamburgo diz que a ideia tem sido muito bem recebida por seus passageiros — e, agora, clientes da loja. “Quem não compra elogia, no Instagram já tem pedido de produto”, relata ele, que diz nunca ter trabalhado com vendas antes.
De acordo com ele, o segredo tem sido o preço dos produtos. “Tudo é no máximo R$ 30, não dá para cobrar muito caro pelas coisas. É fácil de vender porque não é caro”, comenta sobre a estratégia de vendas. O dinheiro extra, contudo, ainda não chegou. “Não vi o retorno ainda, todo dinheiro que ganho eu invisto em novos produtos”, diz, mas garante estar feliz com o resultado até o momento.
Conheça a loja móvel:
Motorista de aplicativo, Cleiton de Paulus, 41 anos, transformou o banco do carona em uma loja. Há cerca de um mês com o novo negócio, ele conta que estar recebendo apoio dos passageiros e já tem encomendas de clientes. pic.twitter.com/Rjq6DQmZI9
— Jornal NH (@jornalnh) October 16, 2023
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