Dezenas de estudantes do ensino fundamental de escolas municipais se reuniram nesta quinta-feira (21) no Colégio Marista Pio XII para participarem da 1ª Mostra de Ciências e Robótica Robôs que Transformam, iniciativa que visa desafiar os alunos a buscarem soluções tecnológicas que resolvam problemas dentro de suas escolas ou comunidades.
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Organizada pelo colégio, por meio da equipe Under Control, em parceria com o Rotary Club 25 de Julho e a empresa Domínio Tributário, a atividade reuniu 6 escolas, que levaram maquetes montadas com kits de robótica.
Jorge Wojcicki Silva, presidente do Rotary, avalia que o evento só foi possível através de um projeto iniciado lá em 2016, quando os kits foram doados para as escolas. “Com isso, desenvolveu o interesse. Até os professores de informática das escolas se especializaram, juntamente com o fabricante dos kits, para aplicarem os conhecimentos com a gurizada”, destaca.
Em complemento ao comentário de Wojcicki, a coordenadora do evento, Lourdes Ferla, comenta que o evento é uma forma de prestação de contas para a entidade, mostrando onde os recursos arrecadados em ações sociais estão sendo empregados. Ambos afirmam também que esta é apenas a primeira Mostra entre muitas outras que serão planejadas para os próximos anos.
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Alunas e professora comentam sobre o projeto
Manuella, de 11 anos, faz parte do grupo da EMEB Anita Garibaldi que participou da primeira mostra de robótica. O projeto visa auxiliar crianças e adultos, com deficiência visual, a terem mais sinais de que é seguro atravessar uma rua. “(O protótipo) faz um som agudo, que é acionado quando ativamos um sensor de toque. Quando chega no vermelho (semáforo) e os carros vão parando, ele apita (indicando que é seguro atravessar)”, comenta.
A professora da escola Anita, Paula Borba, responsável pelos alunos, destaca que foi surpreendida pela vontade que os estudantes demonstraram em participar do projeto, apresentando duas ideias para a mostra, inclusive levando duas equipes para a Pio XII. “As programações simples, de fazer um semáforo, ativar um sensor com touch, isso eles já dominavam. Mas juntar tudo foi o desafio, mas eles surpreenderam muito”, avalia.
Estudante da Pio XII, líder do projeto e integrante da Under Control 1156, equipe de robótica com mais de 20 anos de existência e que já disputou campeonatos fora do Brasil, Helena Reinhart comenta que a iniciativa partiu do Rotary, como uma forma de incentivar as escolas a utilizarem os kits que foram doados. “Começamos do zero, todo o processo de escrever o edital, organizar o espaço. A partir disso, criamos uma relação mais próxima com o Rotary e a Domínio. Assim, conseguimos tornar essa ideia real”, destaca.
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Retomada pós-enchente
12 escolas, que contam com kits de robótica para aplicação e utilização com os alunos, foram convidadas para participar da primeira mostra. No entanto, apenas seis tinham condições plenas de participar, pois as outras foram ou atingidas pela enchente de maio ou não tinham professores disponíveis para organizarem uma equipe e trazer no dia.
Participaram as escolas municipais: EMEB Anita Garibaldi (bairro Canudos), EMEB Presidente Castelo Branco (Canudos), EMEB Cel. Guilherme Gaelzer Neto (Santo Afonso), EMEB Vereador João Brizolla (Canudos), EMEB Monteiro Lobato (São Jorge) e EMEB Nilo Peçanha (Ideal).
“Nós tínhamos uma preocupação muito grande se os kits ainda existiam (se referindo a escolas atingidas pela enchente). Kits de 2016. Descobrimos que os kits flutuam (risos). Todos foram salvos”, comenta Jorge. Neste ano, outras 3 escolas vão ser contempladas com os kits, que são avaliados em 13 mil reais cada. Eles consistem em placas eletrônicas que movimentam os aparatos montados pelos alunos, os quais utilizam peças de LEGO, por exemplo.
Parte do valor é composto pelo fundo social do Sicredi, que consiste em repassar 2% do lucro líquido da cooperativa, anualmente, para projetos sociais, na educação. O Rotary é uma das entidades que, por ser parceira da cooperativa, pode inscrever projetos para destinação dos recursos, os quais são complementados conforme a necessidade para aquisição dos kits. “Apenas escolas municipais recebem os kits, conforme capacidade e interesse de promoverem atividades com robótica”, complementa Jorge.
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