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CATÁSTROFE NO RS

Moradores do bairro Canudos que voltaram para casa agora temem nova enchente: "Só de pensar eu já fico doente"

Alagada, água na Rua Bruno Werner Storck já atinge casas, causando apreensão em outras áreas do bairro

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Publicado em: 13/05/2024 às 13h:00 Última atualização: 13/05/2024 às 13h:04
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Moradores que já começaram a limpeza do que sobrou da enchente no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, agora estão com receio do repique das cheias do Rio dos Sinos.

Na manhã desta segunda-feira (10), o nível do Rio dos Sinos estava em 7 metros, ultrapassando a cota de inundação de 6,80m. O alerta dos órgãos públicos é para que as pessoas deixem os locais de perigo e se abriguem em lugares seguros.

A reportagem do ABCmais, esteve na Rua Rio Grande do Sul e na Bruno Werner Storck, onde a enchente alcançou o telhado das casas nos últimos dias.

O cenário, hoje, era de reconstrução em algumas áreas do bairro, mas ainda havia muito lixo pelas ruas e um odor ruim muito forte. Máquinas da prefeitura faziam também limpezas no local.

O medo dos moradores é de a água subir mais uma vez efeito dos altos volumes de chuva do final semana.

Nesta manhã, o alagamento da Rua Bruno Werner Storck já invadia algumas residências e moradores deixavam o local. A via é uma das primeiras a alagar no bairro.

Medo de nova enchente

Salete Marilda Vargas, 64, retirou de casa as coisas que sobrou  | abc+



Salete Marilda Vargas, 64, retirou de casa as coisas que sobrou

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

A aposentada Salete Marilda Vargas, de 64, retirava de casa o que sobrou. “Só de pensar numa nova enchente eu já fico doente. É muito complicado. O negócio é tirar as coisas e pronto”, desabafou.

Clarinda Terezinha Oliveira Borges, 42, conta que a casa ficou destruída | abc+



Clarinda Terezinha Oliveira Borges, 42, conta que a casa ficou destruída

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

Sobre o risco de nova enchente no local em que mora há 36 anos, a do lar Clarinda Terezinha Oliveira Borges, de 42, afirma que a situação é preocupante: “Se a água subir, nós vamos sair. Medo da água chegar aqui de novo. Nem sei explicar o sentimento.” A casa dela ficou destruída e hoje faziam a limpeza do que conseguiam.

Maria de Lurdes Brasil Ferreira, 63, teve a casa alagada até o telhado | abc+



Maria de Lurdes Brasil Ferreira, 63, teve a casa alagada até o telhado

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

Outra moradora, a aposentada Maria de Lurdes, de 63, diz que o “pouquinho” que ganhou já deixou empacotado e, se pudesse, não continuaria vivendo no local. “Estou com roupa que as pessoas tão me dando. Foi perdido praticamente tudo. Saímos às pressas. Estamos muito apavorados.”

Veja situação da Rua Rio Grande do Sul

Veja situação da Rua Bruno Werner Storck

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