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Imunização

Moradores de Novo Hamburgo recebem vacinação contra a gripe diretamente em casa

Ação buscou grupos prioritários, principalmente pessoas com dificuldades de sair de casa

Dário Gonçalves
Publicado em: 18/04/2024 às 17h:44 Última atualização: 18/04/2024 às 17h:45
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Moradores do Residencial Mundo Novo, em Novo Hamburgo, receberam na tarde desta quinta-feira (18), a visita de equipe da secretaria de saúde para serem vacinados em casa contra a gripe. Visitas pontuais também foram feitas em residências que ficam nos bairros Canudos e Mauá. A ação, que teve início na semana passada, já havia vacinado, em dois dias, 76 pessoas de grupos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde e governo do Estado, e retomou nesta tarde com mais 39 pessoas imunizadas.

Giovane Maier faz parte dos grupos prioritários | abc+



Giovane Maier faz parte dos grupos prioritários

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Com um carro de som convidando os moradores a se vacinar, duas técnicas em enfermagem e um agente de saúde fizeram as vacinas buscando, principalmente, idosos e pessoas com dificuldades de locomoção, além de outras pessoas que também integram os grupos prioritários.

A aposentada Lurdes Medeiros, de 76 anos, comemorou a vacinação. Ela faz todas as vacinas disponíveis, e ainda nesta semana havia ido ao posto de saúde se vacinar contra a gripe, mas não fez a vacina por estar sem a carteirinha. “Eu acho muito bom eles virem até nós, facilita muito. Eu sempre me vacino, então se eles não viessem, eu voltaria ao posto com a carteirinha para me imunizar”, conta.

A vizinha Iracema Correia dos Santos, 59 anos, faz parte do grupo de risco por ser asmática. Ao ver Lurdes, que mora em frente à sua casa, receber a equipe de saúde, também foi pedir sua dose. “É muito melhor eles virem até a gente, não precisamos nos deslocar nem enfrentar filas”, disse.



O secretário de saúde, Marcelo Reidel, destaca que, de forma geral no Rio Grande do Sul e no Brasil, há baixa adesão à vacinação contra a gripe. Por isso, esta ação visa “fugir da regra” e alcançar o maior número de pessoas possíveis. “Queremos facilitar ao máximo. Levando a vacinação em casa, não tem porque a pessoa não se vacinar. É na hora, sem tempo de espera, sem precisar se locomover”.

Além disso, segundo ele, quanto maior o número de vacinados, menos internações devem ocorrer. “Em todos os lugares, as emergências estão lotadas, e com a chegada do frio, o vírus vai circular com mais força, então tudo o que não precisamos é de internações que podem ser evitadas”, completa.

Quem também recebeu a equipe de saúde foi Guilherme Berman da Silva, 85. O idoso possui problemas no joelho e caminha com dificuldades, por isso, a visita foi muito bem-vinda. “Eu costumo fazer exames de rotina e estar sempre me cuidando, e a vinda deles até aqui é ótimo, principalmente porque logo chega o inverno”, afirma.

O motorista de ônibus Giovani Maier, 46, viu os agentes e também pediu pela vacinação. “Minha mulher perguntou se eu iria furar a fila, já que não tenho a idade suficiente. Mas como faço parte dos grupos prioritários, aproveitei e me preveni também”, explica.



Nesta sexta-feira (19), as visitas prosseguem na mesma localidade para aqueles que ainda não foram atendidos. A partir da semana que vem, a ação será realizada em três dias e também pela manhã. Na quarta-feira (24), voltará à Vila Palmeira das 9h às 12h e das 13h às 16h. Na quinta (25), ocorrerá à tarde no bairro Operário (13h às 16h) e na sexta-feira (26), no bairro Guarani nos dois turnos.

A imunização também segue disponível em todas as unidades de saúde da cidade. No ano passado, a meta de 95% ficou bem longe de ser alcançada, permanecendo pouco acima dos 50%. Neste momento, a cobertura de vacinação dos grupos prioritários em Novo Hamburgo está em 21%.

Grupos prioritários

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  • indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
  • idosos com 60 anos ou mais;
  • caminhoneiros;
  • trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); trabalhadores da saúde;
  • gestantes e puérperas;
  • professores de todos os níveis;
  • povos indígenas;
  • pessoas em situação de rua;
  • profissionais das forças de segurança e de salvamento;
  • profissionais das forças armadas;
  • pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
  • pessoas com deficiência permanente;
  • trabalhadores portuários;
  • funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
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