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BICENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO

Moradora dá aula sobre spritzbier para estudantes da Feevale; conheça a história da bebida

Atividade envolveu os cursos de Gastronomia e Turismo, além de resgatar memórias da Imigração Alemã

Dário Gonçalves
Publicado em: 25/06/2024 às 08h:08 Última atualização: 25/06/2024 às 08h:08
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Em uma aula aberta na noite de segunda-feira (24) alusiva ao Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil, na Universidade Feevale, a jornalista Nahara Eckhard falou sobre sua trajetória fabricando um produto criado pelos imigrantes após sua chegada ao Rio Grande do Sul. Intitulada “Spritzbier: entre goles e memórias”, a atividade falou sobre a bebida artesanal, sobretudo como ela resgata a memória da imigração.

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Aula envolveu os cursos de Turismo e Gastronomia

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

A proposta do evento, direcionada aos cursos de Gastronomia e Turismo, mas aberta à comunidade, era aproveitar a spritzbier como fio condutor das memórias gastronômicas dos municípios do Vale Germânico e destacar como um produto com apelo cultural e memorialístico pode se transformar em um negócio criativo, inovador e sustentável.

“Tudo começou em 2017, quando estava infeliz no meu trabalho e resolvi largar meu emprego de jornalista. Então estava bebendo o spritzbier que minha avó fazia e pensei em fazer, vender para amigos e complementar a renda”, explica. Após a pandemia, com a demanda em crescimento, ela precisou optar entre o jornalismo e a gastronomia, e assim entrou de vez na fabricação da bebida.



Vínculo com os antepassados

Conforme Eckhard, a spritzbier foi desenvolvida no Brasil pelos imigrantes que sofriam com o calor, mesmo no Sul do País. “A minha receita era feita pela minha trisavó, Laura Eckhard, que foi passada para a minha bisa, Helga Eckhard, por parte de pai. Minha avó, Hildegard Eckhard, se interessou pela receita e havia parado ali. Ninguém mais da família se interessou em fazer, então eu comecei a aprender a receita”, conta.

Anunciando no “boca a boca” e através das redes sociais, Eckhard foi criando contato com pessoas que, ao encontrarem a bebida, passaram a contar suas histórias, de quando os pais, avós, e outros antepassados faziam a spritzbier.

“As pessoas vão dando seus relatos, apontando as diferenças e as semelhanças de cada família. É uma bebida que as pessoas foram deixando de fazer e meu objetivo é resgatar essas memórias. Meu público é um pessoal que quer provar algo diferente, mas principalmente de pessoas que resgatam as lembranças de sua infância, da bebida que os avós faziam, trazendo esse resgate histórico da Imigração Alemã”, detalha.



Eckhard também é mestre em Processos e Manifestações Culturais pela Feevale, sendo uma das beneficiadas do projeto social Gestão e Empreendedorismo para o Desenvolvimento Local, que busca qualificar trabalhadores para empreender na área de alimentos.

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