JUSTIÇA
Morador de Novo Hamburgo vira réu por racismo e ameaças contra ativista brasileiro que vive nos EUA
Homem de 26 anos também é investigado por ataques racistas contra ex-BBB e por participação em grupos neonazistas
Última atualização: 14/10/2024 15:01
O morador de Novo Hamburgo Aristides Mathias Flach Braga, de 26 anos, virou réu por racismo e ameaça contra um ativista brasileiro que vive nos Estados Unidos. A denúncia feita pelo Ministério Público por injúria qualificada e ameaça cometidas pela internet foi aceita pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Novo Hamburgo na terça-feira (4). O processo tramita em segredo de Justiça.
No mesmo dia em que ofereceu a denúncia, em 31 de agosto deste ano, o MP solicitou ao Poder Judiciário que fosse remetida cópia do inquérito para a Justiça Federal para manifestação quanto a eventual delito de racismo praticado em rede social de abrangência internacional. A denúncia e a remessa foram aceitas em 21 de setembro.
Braga foi denunciado em outubro de 2021 por fazer publicações de cunho racista e de incentivo à violência em redes sociais, e por ameaçar de morte Antonio Isuperio, que é militante de causas raciais e LGBTQIA+.
Em um dos vídeos, usados como prova, o réu aparece oferecendo uma banana a um negro com quem interage em inglês por meio do aplicativo Discord. Ele também é investigado por ataques racistas ao ex-BBB Douglas Silva e por integrar grupos neonazistas. Naquele mesmo ano, o Ministério Público Federal já havia pedido que ele fosse investigado após denúncias de ameaças contra judeus.
Em fevereiro deste ano, a Polícia Civil apreendeu celulares e computadores do jovem para perícia. Naquela ocasião, em depoimento aos investigadores, Aristides negou a prática dos atos ilícitos.
Em nota, defesa de Braga, representada pelo advogado André Von Berg, afirma que ele não cometeu nenhum delito e que acredita na sua absolvição pela Justiça, pois "seus equipamentos e contas foram hackeados; há diversos boletins de ocorrências sobre esses fatos."
Leia a nota na íntegra
"Na condição de defensor do Sr. Aristides informo que ele NÃO praticou nenhum ato ilícito, e, que confia na Justiça, em que restará absolvido (seus equipamentos e contas foram hackeados; há diversos boletins de ocorrências sobre esses fatos).
Reitera estar de consciência absolutamente tranquila, por ser sabedor da sua inocência. Ademais, estranho o fato ser publicizado por se tratar de expediente, como se sabe, que tramita em “segredo de Justiça”.
Temos que ter cautela antes de “condenar” qualquer pessoa sem que tenha sido julgada pela Justiça, em processo que tenham sido observados o contraditório e a mais ampla defesa (predicados assegurados pela Magna Carta)."
O morador de Novo Hamburgo Aristides Mathias Flach Braga, de 26 anos, virou réu por racismo e ameaça contra um ativista brasileiro que vive nos Estados Unidos. A denúncia feita pelo Ministério Público por injúria qualificada e ameaça cometidas pela internet foi aceita pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Novo Hamburgo na terça-feira (4). O processo tramita em segredo de Justiça.
No mesmo dia em que ofereceu a denúncia, em 31 de agosto deste ano, o MP solicitou ao Poder Judiciário que fosse remetida cópia do inquérito para a Justiça Federal para manifestação quanto a eventual delito de racismo praticado em rede social de abrangência internacional. A denúncia e a remessa foram aceitas em 21 de setembro.
Braga foi denunciado em outubro de 2021 por fazer publicações de cunho racista e de incentivo à violência em redes sociais, e por ameaçar de morte Antonio Isuperio, que é militante de causas raciais e LGBTQIA+.
Em um dos vídeos, usados como prova, o réu aparece oferecendo uma banana a um negro com quem interage em inglês por meio do aplicativo Discord. Ele também é investigado por ataques racistas ao ex-BBB Douglas Silva e por integrar grupos neonazistas. Naquele mesmo ano, o Ministério Público Federal já havia pedido que ele fosse investigado após denúncias de ameaças contra judeus.
Em fevereiro deste ano, a Polícia Civil apreendeu celulares e computadores do jovem para perícia. Naquela ocasião, em depoimento aos investigadores, Aristides negou a prática dos atos ilícitos.
Em nota, defesa de Braga, representada pelo advogado André Von Berg, afirma que ele não cometeu nenhum delito e que acredita na sua absolvição pela Justiça, pois "seus equipamentos e contas foram hackeados; há diversos boletins de ocorrências sobre esses fatos."
Leia a nota na íntegra
"Na condição de defensor do Sr. Aristides informo que ele NÃO praticou nenhum ato ilícito, e, que confia na Justiça, em que restará absolvido (seus equipamentos e contas foram hackeados; há diversos boletins de ocorrências sobre esses fatos).
Reitera estar de consciência absolutamente tranquila, por ser sabedor da sua inocência. Ademais, estranho o fato ser publicizado por se tratar de expediente, como se sabe, que tramita em “segredo de Justiça”.
Temos que ter cautela antes de “condenar” qualquer pessoa sem que tenha sido julgada pela Justiça, em processo que tenham sido observados o contraditório e a mais ampla defesa (predicados assegurados pela Magna Carta)."
No mesmo dia em que ofereceu a denúncia, em 31 de agosto deste ano, o MP solicitou ao Poder Judiciário que fosse remetida cópia do inquérito para a Justiça Federal para manifestação quanto a eventual delito de racismo praticado em rede social de abrangência internacional. A denúncia e a remessa foram aceitas em 21 de setembro.