O morador de Novo Hamburgo Rudinei Lima Soares, de 40 anos, está entre os presos pelos atos criminosos praticados no último domingo (8) na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O nome do homem consta na lista dos detidos no Centro de Detenção Provisória II (CDP II). No documento, atualizado no começo da tarde desta quinta-feira (12) pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, constam 1.167 nomes no total.
Nas redes sociais, Rudinei costumava postar com frequência conteúdos em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e às manifestações em frente aos quartéis. A reportagem tentou contato com a família do homem detido, mas, até as 19h45, não havia obtido retorno. O espaço está aberto para contraponto.
Quem também esteve na capital federal mas já retornou e, portanto, não consta na lista de detidos, é o suplente de vereador da Câmara de Novo Hamburgo Giovani Caju Pereira (PP). Ele participava das manifestações em Brasília no dia da invasão às sedes dos três Poderes. Questionado, criticou os atos de teor golpista. “Em momento algum participei dos atos de vandalismo, bem pelo contrário, eu repudio violência”, disse o empresário, que retornou na segunda-feira (9) ao Rio Grande do Sul. Caju disse que foi e voltou acompanhado de dois amigos.
Em nota emitida na terça-feira (10), o diretório hamburguense dos Progressistas afirmou que a presença do suplente de vereador filiado ao partido “trata-se de ato isolado e pessoal do filiado, que o fez como cidadão, mas que não tem qualquer relação com a sigla partidária”. No documento, o PP ainda reafirma seu compromisso com a democracia e diz discordar frontalmente “de qualquer ato ou manifestação que fira a Constituição”.
Confundido
Já o deputado hamburguense Gaúcho da Geral foi confundido com um participante dos atos golpistas. Imagens circularam nas redes sociais apontando a participação do parlamentar nas depredações em Brasília. “Passei o domingo no meu sítio, na Lomba Grande, bairro rural de Novo Hamburgo. Me surpreendi com os questionamentos que vieram por grupos de WhatsApp e outras redes sociais, perguntando se era eu no vídeo, e outras publicações pedindo até a minha cassação, o que é um absurdo”, disse o político.
Ele também criticou os atos de vandalismo. “Quem acompanha o meu trabalho e conhece a minha trajetória sabe que eu jamais participaria de atos antidemocráticos como os que vimos domingo em Brasília. Qualquer ato que fere os princípios democráticos precisa ser punido fortemente”, finalizou.
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