Com a missão de devolver o conforto e dignidade às famílias que perderam tudo nas enchentes, o projeto “Mobília do Bem” tem ganhado força e adesão de diversos profissionais e voluntários.
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Idealizado por um grupo de arquitetas comovidos pelas tragédias recentes no Rio Grande do Sul, o projeto se propõe a fornecer mobiliário básico para as vítimas das inundações.
O grupo também está preparado para criar projetos arquitetônicos e soluções de mobiliário mais resistentes à água, para regiões vulneráveis a alagamentos.
A ideia surgiu da arquiteta Ana Hamacek, de São Paulo, que, tocada pelas imagens da tragédia, viu na arquitetura uma forma de contribuir significativamente. “Compartilhei a ideia com amigas no Instagram e rapidamente nos organizamos”, conta Ana.
Desde então, profissionais de diversos estados se uniram, criando um movimento que já conta com 53 membros, majoritariamente mulheres.
Melissa Orsi dos Santos, arquiteta de Campo Bom, é uma das voluntárias do projeto. “Aceitei na hora porque também estava pensando em uma forma de ajudar”, relata Melissa.
Ela destaca a importância de uma casa na vida das pessoas e como é doloroso perder tudo de maneira tão trágica.
Estrutura e logística
O projeto, que já está em andamento, concentra-se inicialmente em famílias que perderam seus móveis, mas cujas casas permanecem estruturalmente intactas. “Nos focamos em oferecer mobiliário para atender famílias que perderam as coisas de dentro da casa, mas não estão com a estrutura da casa comprometida”, explica Melissa.
O “kit básico” desenvolvido pelo projeto inclui uma cama de casal, duas camas de solteiro, um armário de duas portas, um balcão de cozinha e uma mesa de jantar, suficiente para uma família de quatro pessoas. Esse mobiliário será produzido por marcenarias voluntárias, com materiais doados.
Empresas já começaram a contribuir com doações, e o projeto está em busca de mais parceiros. “Precisamos principalmente de doações de empresas que tenham mobiliário fora de linha, estofados, cadeiras, colchões, entre outros itens”, destaca Melissa. Além disso, são necessárias marcenarias dispostas a confeccionar os kits e pessoas com galpões para armazenamento.
Foco no Vale do Sinos
A região do Vale dos Sinos será uma das primeiras a receber a ajuda do projeto. “As cidades do Vale dos Sinos serão as primeiras beneficiadas”, informa Melissa. A meta inicial é atender 25 famílias no Vale dos Sinos e 25 no Vale do Taquari, ampliando gradualmente conforme a captação de mais recursos.
Reconstruindo lares
A execução dos primeiros 50 kits já está sendo organizada, com a previsão de posterior produção de mais unidades conforme o aumento das doações. “Sabemos que são muitas pessoas afetadas e ainda não temos ideia do quanto poderemos ajudar, mas vamos fazer a nossa parte para somar a todos que também estão fazendo algo”, afirma Melissa.
Para mais informações ou para contribuir com o projeto, siga @melissaorsiarquiteta e @mobiliadobem no Instagram ou entre em contato pelo WhatsApp (51) 98447-4311.
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