A maior empresa do segmento de mineração do Brasil, a Companhia Vale do Rio Doce, conhecida como mineradora Vale, levou uma comitiva de 15 técnicos para a Universidade Feevale, em visita ao Câmpus 2, onde estão sendo realizados projetos que buscam desenvolver produtos e equipamentos para utilização no reparo e preservação das ferrovias administradas pela empresa.
Foto: Reprodução
Os projetos integram a Cátedra Under Rail, promovida pela Vale em parceria com múltiplas instituições de ensino do País, com o objetivo de produzir conhecimento e entender o funcionamento dos elementos e materiais existentes sob os trilhos ferroviários, especialmente aqueles utilizados para o transportes de cargas de peso significativo por eixo das locomotivas.
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Desde 2019, a Universidade Feevale integra a Cátedra, com dois projetos sendo desenvolvidos atualmente em parceria direta com a mineradora. De acordo com Daiana Arnold, professora de Engenharia e atuante no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia dos Materiais e Processos Industriais da instituição, um dos projetos é a análise de desempenho de resinas preventivas e corretivas para correção de abrasão em dormentes de concreto. A estrutura é aquela que dá sustentação aos trilhos e distribui o peso do trem sobre o solo.
Patentes devem ser registradas em breve
Por serem produtos considerados inovadores e com possibilidade de ampla utilização, a Feevale entrou com o processo de depósito de patente, que é um pedido de proteção legal para uma invenção ou modelo de utilidade feito ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Desta forma, tanto Vale quanto Feevale garantem direitos exclusivos sobre as invenções. “Primeiro, desenvolvemos um compósito com incorporações minerais que atende as demandas da ferrovia […], (e também) uma metodologia de aplicação das resinas em campo, com 36 etapas e com todos os equipamentos necessários para essa aplicação”, comenta Daiana.
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A visita mais recente buscou validar equipamentos desenvolvidos pela Universidade e que devem ser utilizados em breve em, ao menos, duas ferrovias da Vale: uma em Açailândia (MG), e outra em Marabá (PA). Esta segunda, inclusive, já conta com visita marcada para janeiro de 2025, onde uma equipe da Feevale fará novas aplicações de resinas e testagem de equipamentos produzidos em território hamburguense.
Ainda de acordo com Daiana, essa parceria não enriquece apenas os pesquisadores ou a instituição, mas também os estudantes. “Trabalhar em parceria com uma grande empresa é muito relevante para Universidade Feevale, a produção de conhecimento da equipe sendo aplicada na prática na empresa é algo engrandecedor para os alunos”, comenta.
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Ingresso na Cátedra começa em visita ao Techpark
Ainda em 2019, o engenheiro responsável pelo setor de projetos e desenvolvimento da Vale, Luciano Oliveira, visitou o Rio Grande do Sul em missão técnica a um fornecedor instalado no Feevale Techpark.
Na ocasião, visitou a Universidade Feevale, sendo conduzido pela diretoria de Inovação. Ao conhecer as instalações, levou a visita ao conhecimento da mineradora e, tempos depois, foi dado início ao projeto Vale Resinas.
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