O fim de semana foi de muito aprendizado nas quadras de tênis da Sociedade Aliança, em Novo Hamburgo. No sábado (7) e domingo (8), ocorreu a 1ª Clínica de Tênis Fernando Meligeni, o Fininho, que reuniu mais de 40 jogadores.
Meligeni é um dos maiores tenistas com atuação no Brasil nos últimos tempos, e, durante a clínica, foi adversário em quadra dos participantes. “Foi uma honra poder trazer um cara desse porte, de cenário mundial do tênis, para o Aliança”, diz o treinador e idealizador da clínica, Lucas Engel.
Foto: Gustavo Henemann/ESPECIAL
Foram três horas de treinamento, quando Meligeni passou a experiência dele como jogador e comentarista. “Foi uma troca bem bacana, muito aprendizado, ele jogou junto, passou dicas técnicas e táticas de jogo. Dos participantes, apenas seis eram crianças, vieram muitos adultos e de diversas cidades, como Porto Alegre, Pelotas, Campo Bom e Bento Gonçalves”, conta Engel.
O treinador acredita que o fato de os adultos terem acompanhado pela televisão a época do jogador Meligeni refletiu deles serem a maioria dos presentes no evento. “Eles viram o Meligeni conquistar o Pan-Americano, já as crianças o conhecem mais na sua vivência de comentarista. Foi uma oportunidade de muito aprendizado, porque os adultos, que são amadores, nunca imaginaram jogar tênis com uma figura como Meligeni”, destaca o idealizador da clínica.
Para Bernardo Horta Soares, 9 anos, participar da clínica foi conhecer mais sobre o caminho que precisa seguir. “Aprendi mais sobre movimentação de pernas, troca de bola e muitas coisas”, diz o pequeno jogador, que já participou de campeonatos estaduais.
“Foi o primeiro contato dele com um ex-jogador de tênis. Fomos pontuados sobre o desempenho de Bernardo e, agora, se torna mais fácil melhorar, pois já sabemos o que precisamos trabalhar daqui para frente”, reforça o pai de Bernardo, Dionelo Soares, que também é o treinador do filho.
“Eu vi uma garotada estruturada e bem formada em quadra”
Para Meligeni, sua vinda a Novo Hamburgo foi para plantar sementes que podem dar frutos. “Quando as pessoas falam da minha ida a um lugar sempre pensam em trabalho, e é, mas, muito mais que isso, é plantar um movimento diferente”, diz o ex-jogador.
“Eu tento simplificar o tênis. Sempre digo que é complexo jogar, mas o momento que se consegue passar o desafio de bater bola, a partir daí é simples. Fiquei contente com o desempenho dos jogadores, principalmente da molecada. Eu vi uma garotada estruturada e bem formada em quadra”, reforça Meligeni.
O maior objetivo da clínica é fomentar o tênis com o objetivo de fazer o esporte voltar a crescer no País. “Na década de 90 e início dos anos 2000, não tinha lugar para jogar tênis, sempre lotado, e agora está voltando essa força. E o que aconteceu aqui foi um incentivo para as crianças e amadores, uma troca de ideias”, enfatiza Engel.
Meligeni ressalta o talento do Estado no tênis. “Quando falamos em Novo Hamburgo e Rio Grande do Sul, falamos de um tênis bom. Aqui é terra de muitas referências, com grandes jogadores, como o próprio Lucas Engel, Fernando Roese, o Fernandão, e Ivan Klein. Mas para ser bom no tênis tem que ralar, não foi fácil para esses e vários outros bons jogadores daqui”, finaliza.
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