A comissão especial de licitações da Prefeitura de Novo Hamburgo abriu os envelopes com as propostas das empresas interessadas em assumir o serviço de transporte público coletivo no município. A licitação recebeu duas ofertas, uma do Paraná e outra de Santa Catarina.
A melhor delas foi apresentada por um consórcio representado pela empresa paranaense Auto Viação Antonina LTDA, com sede em Almirante Tamandaré. A empresa ofertou uma tarifa técnica de R$ 4,9107. A outra interessada foi a catarinense Viação Santa Clara LTDA, que propôs tarifa técnica de R$ 5,0011.
O valor máximo previsto no edital para a tarifa técnica era de R$ 5,8652. A abertura dos envelopes foi transmitida ao vivo pelo YouTube. Após o anúncio das propostas, a comissão especial fixou prazo de cinco dias úteis para interposição de recursos.
Depois desse período e do anúncio da vencedora da licitação, a nova concessionária deve assumir o serviço em um prazo de seis meses, estima a Prefeitura. O contrato será de dez anos, com possibilidade de ser renovado por mais dez, caso a empresa atinja metas. Se a companhia com a melhor proposta assumir, o valor da passagem para o usuário do transporte deve ser arredondado para R$ 4,90.
Desde 15 de novembro, a tarifa está em R$ 4, em função de uma redução proporcionada pelo repasse de recursos federais extraordinários. O valor deve vigorar até o fim de abril. Antes, a passagem estava em R$ 5.
Novidades
Entre as mudanças previstas no edital estão a implantação de cinco linhas troncais para ligar ao Centro os bairros Boa Saúde, Canudos, São José e Santo Afonso.
Todos os ônibus deverão ter acessibilidade, permitindo a mobilidade de cadeirantes e de pessoas com dificuldade de locomoção, além de possuir espaço para cão guia que acompanhe deficientes visuais.
O edital estipula ainda integração tarifária, que assegurará a utilização de mais de um deslocamento para a conclusão da viagem, desde que dentro do prazo de 50 minutos. Em relação à frota, prevê 76 veículos, com média não superior a oito anos e vida útil máxima do veículo de 15 anos.
A frota deverá ter, no mínimo, 20 veículos com ar-condicionado no início da operação. A partir da primeira renovação, metade dos ônibus deve contar com o equipamento. Todos os veículos ainda devem ter película de proteção solar, botão de pânico e câmeras de segurança. O valor global do contrato é de R$ 18,2 milhões, sendo R$ 10,4 milhões de investimento somente na frota.
*Correção: inicialmente, a reportagem informava que as duas empresas concorrentes eram do Paraná. Na verdade, uma delas é de Santa Catarina. O texto foi corrigido.
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