Desde o deslizamento de terra que atingiu a Rua Cuiabá, no bairro Boa Vista, em Novo Hamburgo, em 11 de maio, a situação da via não se estabilizou. A forte chuva daquela noite causou a queda de parte da rua, sem deixar feridos, e danificou uma rede de água da Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo.
A área foi liberada em julho, mas, passados mais de três meses desde o início dos problemas, ainda apresenta complicações significativas, incluindo asfalto removido causando a formação de buracos e transtornos aos motoristas. Além disso, há também pedras espalhadas e canos expostos sobre as calçadas.
A Secretaria Municipal de Obras Públicas e Serviços Urbanos e Viários (Semopsu) informa que a recomposição asfáltica da Rua Cuiabá será realizada nos próximos dias, após a colocação de meio-fio na via. “A região possui inúmeras vertentes, e a água no local é oriunda de uma delas. Inclusive esta foi a causa do deslizamento durante as chuvas”, explica a secretaria.
Para minimizar os impactos, até que o asfalto seja concluído, a Semopsu planeja colocar um material para nivelar a rua, onde há a “depressão” na via.
A Comusa também esclarece que a água que causou o deslizamento é proveniente de uma vertente natural e não está relacionada à rede de água da empresa, e que dará continuidade aos trabalhos. “A obra estava sob responsabilidade da Semopsu, mas, nesta semana, a Comusa assumiu para realizar um reparo na rede que precisa ser feito”, diz a companhia. Os reparos devem acontecer nos próximos dias.
“Não sabemos o porquê da espera”
Patrícia Frohlich é filha de uma idosa que mora em frente ao local que teve o asfalto removido para conserto na rede de água. A casa também é uma das três que estão interligadas pelos canos ao ar livre e que teve a calçada aberta, restando as pedras empilhadas sobre o passeio público. “É preciso que isso se resolva o quanto antes, a gente não sabe o porquê da espera. Além de feio, é perigoso. Alguém pode se machucar ou até mesmo romper esses canos e ficarmos sem água”, comenta.
Outro morador das proximidades, um idoso que prefere não se identificar, diz que a situação está cada vez pior, e que é preciso que as autoridades vão às ruas para entenderem os problemas da cidade e dos moradores. “A rua tem buracos grandes, e os canos expostos são um perigo. Eu mesmo já sinalizei. É difícil entender por que a obra está demorando tanto”, afirma.
Durante o período que a reportagem esteve no local, diversos carros passaram pela rua e precisaram desviar dos buracos, muitos pela contramão. Aqueles que vinham em maior velocidade, sentiam o carro batendo ao passar pelo buraco – que possui sinalização por cone.
Já na Rua Curitiba, paralela à Rua Cuiabá e que foi usada como desvio durante a interdição pelo deslizamento, há também um grande buraco na esquina com a Rua Fortaleza. O problema é de longa data, visto que há nele um cavalete, já destruído, da Prefeitura de Novo Hamburgo.
Mais para baixo, próximo à esquina com a Rua Aracajú, a calçada também está destruída. Sobre estes dois pontos, a Comusa diz não ser de sua responsabilidade, enquanto a Semopsu afirma que “irá verificar a situação deles e colocar na programação”.
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