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NOVO HAMBURGO

MAIS DE 48 HORAS: Paciente que teve leito improvisado no chão da UPA Canudos ainda aguarda vaga no hospital

"Ela chora o tempo inteiro", diz irmã da jovem de 19 anos que está desde sábado na unidade de Canudos

Ubiratan Júnior
Publicado em: 29/05/2023 às 21h:11
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Com fortes dores desde sexta-feira (26), a auxiliar de serviços gerais Tainá Correia dos Santos procurou por atendimento no posto de saúde Mundo Novo. No dia seguinte, ainda com dores, procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Canudos, onde desde então aguarda por transferência para o Hospital Municipal de Novo Hamburgo.

Tainá Correia esperou mais de 24 horas por um leito em Novo Hamburgo



Tainá Correia esperou mais de 24 horas por um leito em Novo Hamburgo

Foto: Arquivo pessoal

Conforme familiares da jovem, ainda na espera pelo encaminhamento para a casa de saúde na manhã domingo (28) foi necessário improvisar uma cama no chão da UPA, pois a paciente sofria com as dores e estava em uma poltrona, já na unidade também não havia leitos disponíveis. Somente por volta das 14 horas conseguiram um leito para a paciente na UPA, onde até as 20h40 desta segunda-feira (29) ela permanecia. Mais de 48 horas de espera para a transferência. 

Nesta segunda-feira (29), a equipe médica solicitou novos exames. Antes disso, na sexta-feira, uma ecografia apontou que Tainá estaria com pedras na vesícula. Exames de sangue feitos no sábado indicaram alterações. Segundo a irmã de paciente, Camila Correia dos Santos, de 34 anos, e equipe médica disse que precisa investigar e apontou que um dos possíveis diagnósticos é hepatite, além de pedras em outros órgão além da vesícula. “Ele (médico) falou que o problema dela é grave”, afirma.

A jovem ainda passou por tomografia na noite do sábado. O resultado não foi informado pela família. “Ela chora o tempo inteiro”, detalha Cláudia sobre a espera da irmã pelo leito no hospital da cidade.

A Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), confirma que Tainá está na UPA de Canudos a espera de um leito no Hospital Municipal. Conforme informam, ela aguarda para a realização de um colangioressonância, exame que não é realizado no hospital, e por isso foi contratada uma clínica privada, já agendada para esta quarta-feira (31). A casa de saúde afirma ainda que a paciente está sendo assistida por pelo menos um médico, que a avalia diariamente. No parecer médico do dia 29, de acordo com a Fundação, ela não apresentava queixas.

“Não existe previsão de nenhum procedimento ou cirurgia de urgência para a paciente segundo o plano terapêutico instituído pelo médico assistente. Todo possível está sendo feito para garantir a plena assistência a paciente”, afirma a assessoria da FSNH.

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