Com fortes dores desde sexta-feira (26), a auxiliar de serviços gerais Tainá Correia dos Santos procurou por atendimento no posto de saúde Mundo Novo. No dia seguinte, ainda com dores, procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Canudos, onde desde então aguarda por transferência para o Hospital Municipal de Novo Hamburgo.
Conforme familiares da jovem, ainda na espera pelo encaminhamento para a casa de saúde na manhã domingo (28) foi necessário improvisar uma cama no chão da UPA, pois a paciente sofria com as dores e estava em uma poltrona, já na unidade também não havia leitos disponíveis. Somente por volta das 14 horas conseguiram um leito para a paciente na UPA, onde até as 20h40 desta segunda-feira (29) ela permanecia. Mais de 48 horas de espera para a transferência.
Nesta segunda-feira (29), a equipe médica solicitou novos exames. Antes disso, na sexta-feira, uma ecografia apontou que Tainá estaria com pedras na vesícula. Exames de sangue feitos no sábado indicaram alterações. Segundo a irmã de paciente, Camila Correia dos Santos, de 34 anos, e equipe médica disse que precisa investigar e apontou que um dos possíveis diagnósticos é hepatite, além de pedras em outros órgão além da vesícula. “Ele (médico) falou que o problema dela é grave”, afirma.
A jovem ainda passou por tomografia na noite do sábado. O resultado não foi informado pela família. “Ela chora o tempo inteiro”, detalha Cláudia sobre a espera da irmã pelo leito no hospital da cidade.
A Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), confirma que Tainá está na UPA de Canudos a espera de um leito no Hospital Municipal. Conforme informam, ela aguarda para a realização de um colangioressonância, exame que não é realizado no hospital, e por isso foi contratada uma clínica privada, já agendada para esta quarta-feira (31). A casa de saúde afirma ainda que a paciente está sendo assistida por pelo menos um médico, que a avalia diariamente. No parecer médico do dia 29, de acordo com a Fundação, ela não apresentava queixas.
“Não existe previsão de nenhum procedimento ou cirurgia de urgência para a paciente segundo o plano terapêutico instituído pelo médico assistente. Todo possível está sendo feito para garantir a plena assistência a paciente”, afirma a assessoria da FSNH.
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