SAÚDE
Mais de 400 pacientes oncológicas terão atendimento ampliado na região
Parceria entre Liga Feminina de Combate ao Câncer e Universidade Feevale promete reforçar qualidade de vida de quem trata a doença; saiba mais
Última atualização: 06/03/2024 12:10
Um acordo firmado em março entre a Universidade Feevale e a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Novo Hamburgo permitiu que as cerca de 450 pacientes oncológicas atendidas pela entidade recebam tratamentos complementares. Com isso, essas pacientes ganham mais qualidade de vida em meio ao combate a uma doença grave.
É o caso de Rosane Weber, 65 anos, que no último mês começou a fazer sessões de fisioterapia aquática, um desejo e necessidade que antecedem até mesmo a doença. "O médico já tinha me dito para fazer por ser um exercício de baixo impacto, mas eu não conseguia por causa dos valores", relata.
As sessões começaram em abril e têm permitido a ela uma mobilidade melhor do braço direito. Com uma vida toda trabalhando em gráfica, Rosane se viu obrigada a reduzir as atividades devido aos impactos vividos em 2020 com a descoberta do câncer de mama.
Nesses três anos, seu tratamento foi focado em sessões de quimio e radioterapia, deixando de lado outros aspectos necessários para sua recuperação. Graças a parceria entre Liga e Feevale, ela e outras centenas de pacientes conseguem ter um acompanhamento mais completo.
O atendimento é prestado no Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Feevale, por professores e estudantes da área da saúde. "Os professores fazem atendimento pra ver as necessidades desses pacientes e os encaminham às áreas", explica a coordenadora do ICS, Caren Mello Guimarães.
Entre os atendimentos estão nutrição, odontologia e outras especialidades do curso de medicina. Além do acolhimento no local, o projeto realiza a visita na casa de pacientes que não podem se locomover.
Acolhimento faz diferença
Além dos encaminhamentos, o próprio acolhimento representa algo muito importante para quem vive um momento tão delicado.
"Eles são muito queridos e atenciosos, te perguntam tudo e depois mandam para algum outro tratamento" destaca Rosane, que descobriu a doença em meio a um momento turbulento de sua vida.
Em 2019, ela teve um infarto, passou por um procedimento médico e, enquanto ainda estava se recuperando, recebeu a notícia de estar com um tumor triplamente agressivo. "Estava sozinha no hospital e fiquei sem rumo, quando cheguei em casa liguei pras minhas filhas", lembra.
Rosane tem três filhos e duas netas, diz que com o diagnóstico viu toda a família se envolver no tratamento. Uma característica comum em pacientes oncológicos, já que segundo quem atende a essas pessoas, toda a família se vê envolvida no tratamento.
Choque de realidade
Para os estudantes, a participação no projeto permite uma interação maior com os pacientes e é uma oportunidade de colocar em prática o que aprenderam.
Estudante do 9º semestre de enfermagem, Ludmila Stecanela é uma das alunas que realizou visitas presenciais aos pacientes. Ela resume a experiência como fundamental na formação pessoal e profissional.
Para Ludmila poder ver os pacientes em suas residências permitiu que ela entendesse na prática a necessidade de adaptação de procedimentos. "Às vezes a gente dá uma orientação que o paciente não tem como fazer, então precisamos conseguir trazer as orientações para a realidade dele."
Conseguir entender as pessoas em tratamento de uma forma mais ampla e entender de forma mais profunda suas necessidades é apontado como o grande diferencial para os estudantes, que estão sempre acompanhados de professores que os orientam.
"A gente trabalha cada pessoa como um ser único. Achei muito importante a gente poder ser resolutivo e auxiliar mesmo, dando e um atendimento humanizado para cada um", diz a colega de Ludmila, Liliane Pasa.
Liliane ficou em outra função durante sua passagem pelo projeto. Coube a ela auxiliar no primeiro atendimento aos pacientes que chegam ao ICS. Neste processo, ela pode perceber como pacientes oncológicos possuem necessidades maiores. "Necessitam mesmo de um cuidado, tanto psicológico quanto outros, como fisioterapia."
Um acordo firmado em março entre a Universidade Feevale e a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Novo Hamburgo permitiu que as cerca de 450 pacientes oncológicas atendidas pela entidade recebam tratamentos complementares. Com isso, essas pacientes ganham mais qualidade de vida em meio ao combate a uma doença grave.
É o caso de Rosane Weber, 65 anos, que no último mês começou a fazer sessões de fisioterapia aquática, um desejo e necessidade que antecedem até mesmo a doença. "O médico já tinha me dito para fazer por ser um exercício de baixo impacto, mas eu não conseguia por causa dos valores", relata.
As sessões começaram em abril e têm permitido a ela uma mobilidade melhor do braço direito. Com uma vida toda trabalhando em gráfica, Rosane se viu obrigada a reduzir as atividades devido aos impactos vividos em 2020 com a descoberta do câncer de mama.
Nesses três anos, seu tratamento foi focado em sessões de quimio e radioterapia, deixando de lado outros aspectos necessários para sua recuperação. Graças a parceria entre Liga e Feevale, ela e outras centenas de pacientes conseguem ter um acompanhamento mais completo.
O atendimento é prestado no Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Feevale, por professores e estudantes da área da saúde. "Os professores fazem atendimento pra ver as necessidades desses pacientes e os encaminham às áreas", explica a coordenadora do ICS, Caren Mello Guimarães.
Entre os atendimentos estão nutrição, odontologia e outras especialidades do curso de medicina. Além do acolhimento no local, o projeto realiza a visita na casa de pacientes que não podem se locomover.
Acolhimento faz diferença
Além dos encaminhamentos, o próprio acolhimento representa algo muito importante para quem vive um momento tão delicado.
"Eles são muito queridos e atenciosos, te perguntam tudo e depois mandam para algum outro tratamento" destaca Rosane, que descobriu a doença em meio a um momento turbulento de sua vida.
Em 2019, ela teve um infarto, passou por um procedimento médico e, enquanto ainda estava se recuperando, recebeu a notícia de estar com um tumor triplamente agressivo. "Estava sozinha no hospital e fiquei sem rumo, quando cheguei em casa liguei pras minhas filhas", lembra.
Rosane tem três filhos e duas netas, diz que com o diagnóstico viu toda a família se envolver no tratamento. Uma característica comum em pacientes oncológicos, já que segundo quem atende a essas pessoas, toda a família se vê envolvida no tratamento.
Choque de realidade
Para os estudantes, a participação no projeto permite uma interação maior com os pacientes e é uma oportunidade de colocar em prática o que aprenderam.
Estudante do 9º semestre de enfermagem, Ludmila Stecanela é uma das alunas que realizou visitas presenciais aos pacientes. Ela resume a experiência como fundamental na formação pessoal e profissional.
Para Ludmila poder ver os pacientes em suas residências permitiu que ela entendesse na prática a necessidade de adaptação de procedimentos. "Às vezes a gente dá uma orientação que o paciente não tem como fazer, então precisamos conseguir trazer as orientações para a realidade dele."
Conseguir entender as pessoas em tratamento de uma forma mais ampla e entender de forma mais profunda suas necessidades é apontado como o grande diferencial para os estudantes, que estão sempre acompanhados de professores que os orientam.
"A gente trabalha cada pessoa como um ser único. Achei muito importante a gente poder ser resolutivo e auxiliar mesmo, dando e um atendimento humanizado para cada um", diz a colega de Ludmila, Liliane Pasa.
Liliane ficou em outra função durante sua passagem pelo projeto. Coube a ela auxiliar no primeiro atendimento aos pacientes que chegam ao ICS. Neste processo, ela pode perceber como pacientes oncológicos possuem necessidades maiores. "Necessitam mesmo de um cuidado, tanto psicológico quanto outros, como fisioterapia."