MAUS-TRATOS
Mais de 350 aves silvestres são apreendidas pela Polícia em Novo Hamburgo
Operação começou na última semana de dezembro e foi concluída nesta terça-feira (3); cerca de 40 pessoas são investigadas
Última atualização: 11/01/2024 12:50
Aves silvestres, galos de rinha e outros animais foram recuperados pela Polícia Civil de Novo Hamburgo na manhã desta terça-feira (3). Ao todo, foram encontradas mais de 350 aves que sofriam maus-tratos. Também foram apreendidos galos de rinha, duas éguas e um ouriço que também sofriam maus-tratos ou eram criados de forma irregular. Entre os animais apreendidos, está um casal de cardeal amarelo, uma ave extremamente rara da qual se estima haver apenas 50 exemplares vivos na natureza.
Denominada Operação Skylab, a ação foi comandada pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul e pela Diretoria de Proteção Ambiental de Novo Hamburgo e Rede de Proteção Ambiental e Animais. Ao todo, foram cumpridos 50 mandados de busca e apreensão em vários bairros de Novo Hamburgo, mas a maior parte dos casos se concentraram no bairro Canudos.
Responsável pelo Cartório de Proteção Animal da 2° Delegacia de Novo Hamburgo, Daniela Saul Friedrich, chama atenção que nem todos os investigados têm ligação entre si. "Eles podem ser enquadrados nos crimes de maus-tratos e depósito de animais silvestres irregular", explica.
Inicialmente, o foco da operação, iniciada em 29 de dezembro, eram apenas aves silvestres, porém, a partir da investigação, a Polícia encontrou outras espécies. Um ouriço foi achado preso em uma gaiola. Além dele, duas éguas também foram recuperadas.
No total, foram apreendidas 350 aves irregulares e/ou em situação de maus-tratos, 16 galos usados em rinha, três galinhas, oito pintos, uma pata, duas éguas e um ouriço, todos em situação de maus-tratos. Além de uma arara, quatro papagaios e um casal de cardeal amarelo.
Os galos de rinha e um rinhadeiro foram encontrados nos fundos de uma agropecuária na Rua Ícaro, no bairro Canudos. Parte dos animais silvestres será enviado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e os que foram caçados serão devolvidos à natureza.