CANUDOS
Loja de fotografia atingida por incêndio funcionava há quase 40 anos no mesmo local em Novo Hamburgo
De acordo com a proprietária, ainda não foi possível calcular o prejuízo; causa das chamas é desconhecida
Última atualização: 23/01/2024 11:58
A loja de fotografia atingida por um incêndio na Avenida Victor Hugo Kunz, no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, no começo da tarde desta quarta-feira (8), completaria 40 anos de atividade no mesmo local no mês de maio. "Eu gostava tanto de trabalhar lá", lamenta a proprietária da Braun Fotografias, Gladis Helena Braun.
A empresária que mora nos fundos do prédio incendiado conta que estava em casa com o marido e a funcionária da loja, quando, por volta da 13h20, sentiu um "forte cheiro de queimado". Segundo ela, o marido foi logo verificar e, ao sair para o quintal, viu o corredor que dava acesso ao estabelecimento comercial tomado por fumaça. "Ele me chamou e pediu para que ligasse para os Bombeiros, pois estava pegando fogo na loja", relata.
Gladis afirma que ainda não foi possível contabilizar o prejuízo, porque, por questão de segurança, a entrada no prédio não foi autorizada. Além de fotografias de clientes, que certamente foram perdidas, a proprietária acredita que equipamentos de trabalho, como máquinas fotográficas, também tenham sido consumidos pelas chamas.
"Tínhamos um estúdio de revelação, um serviço raro nos dias de hoje. Na cidade, só dois lugares ainda fazem, nós e um outro fotógrafo do centro. Por conta disso, tínhamos parceria com vários profissionais", detalha.
O estúdio de fotografia de uma das filhas, que funcionava numa sala na parte de trás da loja que pegou fogo, não foi atingido. "Ainda não sei o que faremos e como remoçaremos", diz emocionada Gladis. O trabalho com fotografias é a única fonte de renda da empresária e do marido.
A causa do incêndio ainda é desconhecida e deve ser apontada pelo laudo da Perícia. "Não sei o que pode ter causado. Antes de sair para o almoço desligamos as luzes, também o ar-condicionado e tiramos as coisas da tomada, como de costume", salienta Gladis.
Conforme o Corpo de Bombeiros de Novo Hamburgo, o combate às chamas, que terminou por volta das 15 horas, durou cerca de uma hora e usou cerca de dois mil litros de água. A ação contou com auxílio da corporação de Campo Bom. Ninguém ficou ferido.
Memórias afetivas perdidas
Abalada, Gladis ainda tenta assimilar a perda dos arquivos lá existentes. "Lembro que há pouco tempo uma cliente veio à loja e contou que perdeu tudo num incêndio que atingiu a casa dela. A mulher chorou ao lembrar que perdeu as fotos do filho, que, desde pequeno, fez com a gente aqui. Busquei arquivos antigos e encontrei as fotos do menino, imprimi, fiz um álbum e entreguei para ela. E, agora, quem está nessa situação [de perda] sou eu", contaa proprietária, emocionada.
A empresária diz que guardava arquivos de clientes desde de 2007 e que as fotografias da criança relatada no caso acima foram encontradas graças a essa prática.
"Agora vou precisar de um tempo para colocar a cabeça no lugar e saber o que faremos. Amanhã [dia 9] completo 50 anos de casada, iríamos viajar, mas agora estou tentando cancelar", finaliza. Uma das filhas do casal, que mora em Canela, chega nesta tarde a Novo Hamburgo para prestar apoio aos pais.
A loja de fotografia atingida por um incêndio na Avenida Victor Hugo Kunz, no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, no começo da tarde desta quarta-feira (8), completaria 40 anos de atividade no mesmo local no mês de maio. "Eu gostava tanto de trabalhar lá", lamenta a proprietária da Braun Fotografias, Gladis Helena Braun.
A empresária que mora nos fundos do prédio incendiado conta que estava em casa com o marido e a funcionária da loja, quando, por volta da 13h20, sentiu um "forte cheiro de queimado". Segundo ela, o marido foi logo verificar e, ao sair para o quintal, viu o corredor que dava acesso ao estabelecimento comercial tomado por fumaça. "Ele me chamou e pediu para que ligasse para os Bombeiros, pois estava pegando fogo na loja", relata.
Gladis afirma que ainda não foi possível contabilizar o prejuízo, porque, por questão de segurança, a entrada no prédio não foi autorizada. Além de fotografias de clientes, que certamente foram perdidas, a proprietária acredita que equipamentos de trabalho, como máquinas fotográficas, também tenham sido consumidos pelas chamas.
"Tínhamos um estúdio de revelação, um serviço raro nos dias de hoje. Na cidade, só dois lugares ainda fazem, nós e um outro fotógrafo do centro. Por conta disso, tínhamos parceria com vários profissionais", detalha.
O estúdio de fotografia de uma das filhas, que funcionava numa sala na parte de trás da loja que pegou fogo, não foi atingido. "Ainda não sei o que faremos e como remoçaremos", diz emocionada Gladis. O trabalho com fotografias é a única fonte de renda da empresária e do marido.
A causa do incêndio ainda é desconhecida e deve ser apontada pelo laudo da Perícia. "Não sei o que pode ter causado. Antes de sair para o almoço desligamos as luzes, também o ar-condicionado e tiramos as coisas da tomada, como de costume", salienta Gladis.
Conforme o Corpo de Bombeiros de Novo Hamburgo, o combate às chamas, que terminou por volta das 15 horas, durou cerca de uma hora e usou cerca de dois mil litros de água. A ação contou com auxílio da corporação de Campo Bom. Ninguém ficou ferido.
Memórias afetivas perdidas
Abalada, Gladis ainda tenta assimilar a perda dos arquivos lá existentes. "Lembro que há pouco tempo uma cliente veio à loja e contou que perdeu tudo num incêndio que atingiu a casa dela. A mulher chorou ao lembrar que perdeu as fotos do filho, que, desde pequeno, fez com a gente aqui. Busquei arquivos antigos e encontrei as fotos do menino, imprimi, fiz um álbum e entreguei para ela. E, agora, quem está nessa situação [de perda] sou eu", contaa proprietária, emocionada.
A empresária diz que guardava arquivos de clientes desde de 2007 e que as fotografias da criança relatada no caso acima foram encontradas graças a essa prática.
"Agora vou precisar de um tempo para colocar a cabeça no lugar e saber o que faremos. Amanhã [dia 9] completo 50 anos de casada, iríamos viajar, mas agora estou tentando cancelar", finaliza. Uma das filhas do casal, que mora em Canela, chega nesta tarde a Novo Hamburgo para prestar apoio aos pais.
A empresária que mora nos fundos do prédio incendiado conta que estava em casa com o marido e a funcionária da loja, quando, por volta da 13h20, sentiu um "forte cheiro de queimado". Segundo ela, o marido foi logo verificar e, ao sair para o quintal, viu o corredor que dava acesso ao estabelecimento comercial tomado por fumaça. "Ele me chamou e pediu para que ligasse para os Bombeiros, pois estava pegando fogo na loja", relata.