BUROCRACIA
LIBERATO: MEC diz que escola não poderá usar os R$ 3,7 milhões que ganhou em subestação de energia; entenda o motivo
Instituição terá que readequar projeto com outro tipo de demanda para não perder recurso federal
Última atualização: 17/10/2023 15:35
A construção de uma nova subestação de energia na Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha, custeada por emenda parlamentar de R$ 3,7 milhões, poderá não ser autorizada pelo Ministério da Educação (MEC).
Por meio de sua assessoria de imprensa, o deputado federal Carlos Gomes (Republicanos), líder da bancada gaúcha em Brasília, informa que este tipo de investimento não é custeado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Segundo a assessoria de Gomes, a instituição terá que readequar o projeto junto à Secretaria Estadual de Educação (Seduc) a fim de não perder o recurso, pois as regras do FNDE não permitem a implantação de uma usina de placas solares.
O FNDE informou ao Grupo Sinos de que não havia nenhum projeto cadastrado no órgão referente à Fundação Liberato, embora a escola garanta que tenha enviado o pedido ao órgão. "É difícil o diálogo. A Seduc está tentando mais informações", disse o diretor-executivo da escola, Ramon Hans.
Hans tem uma viagem agendada para os dias 26 e 27 de julho para a capital federal, onde visitará a Marinha e o Ministério da Defesa a fim de firmar convênios e deve visitar o Ministério da Educação (MEC) para tratar sobre a aprovação do pedido.Em 2022, a bancada gaúcha, formada por 31 deputados federais e três senadores, destinou R$ 3,7 milhões para a instituição. A intenção era instalar uma fazenda fotovoltaica, ao custo de R$ 3,5 milhões, com economia mensal estimada em R$ 30 mil. Os outros R$ 200 mil seriam utilizados para a aquisição de computadores. Faz dez anos que a Liberato busca recursos para fazer a melhoria.