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CUIDADO COM O MOSQUITO

Levantamento coloca Novo Hamburgo em estado de alerta para dengue, zika e chikungunya

Das 75 amostras coletadas para análise de larvas ou pupas, 52% se mostraram positivas para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

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Publicado em: 03/02/2023 às 19h:06 Última atualização: 22/01/2024 às 13h:25
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Novo Hamburgo está em estado de alerta para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, de acordo com levantamento realizado pela Universidade Feevale em parceria com a Prefeitura. Os dados são oriundos do boletim informativo do projeto de Prevenção e Combate à Dengue, que divulgou os resultados do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) do ano. O documento mostra 3.527 imóveis de Novo Hamburgo foram visitados entre 9 e 20 de janeiro e que, das 75 amostras de larvas ou pupas coletadas para análise e identificação no Laboratório do Projeto de Combate à Dengue, 52% se mostraram positivas para o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Levantamento coloca Novo Hamburgo em estado de alerta para dengue, zika e chikungunya



Levantamento coloca Novo Hamburgo em estado de alerta para dengue, zika e chikungunya

Foto: Divulgação

Outro indicador do LIRAa, e um dos principais, é o Índice de Infestação Predial (IIP), que é a relação percentual entre o número de imóveis positivos, ou seja, com a presença de larvas de Aedes aegypti, e o número de imóveis pesquisados. Entre janeiro e fevereiro, Novo Hamburgo apresentou um IIP de 1,1, ou seja, a cada 90 imóveis, um teve a presença de larvas do vetor. Esse valor classifica o Município como em iminente perigo à saúde pública, ou seja, apresenta médio risco de surto para a dengue e outras doenças relacionadas ao mosquito.

Os dados colocam a cidade em estado de alerta, principalmente neste momento do ano, em que o calor intenso e as pancadas de chuva predominam e facilitam o desenvolvimento dos mosquitos. “Para evitar que a situação venha a piorar, contamos com o empenho da equipe do projeto, da Vigilância Ambiental e da comunidade, a fim de eliminar os depósitos de água parada pela cidade”, afirma o coordenador do projeto de Prevenção e Combate à Dengue, Tiago Filipe Steffen.

No fim de janeiro, o Estado havia divulgado aumento de 59% de casos em comparação com o mesmo período em 2022.

Principais depósitos

Outro índice importante que o LIRAa fornece é o da prevalência de depósitos com Aedes aegypti. Confira:

  • 57,1%: recipientes pequenos, passíveis de remoção da água, como pratinho de vaso de plantas, bebedouro de animais, recipientes para enraizamento de plantas, garrafas desprotegidas, baldes, lonas mal esticadas entre outros;
  • 28,6%: ralos, calhas, piscinas e outros recipientes de difícil remoção de água;
  • 8,2%: bromélias, ocos de árvores, materiais naturais;
  • 4,1%: acúmulo de lixo, sucatas e entulhos de restos de construção;
  • 2%: pneus e outros materiais rodantes.

Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul registrou significativo aumento nos casos de dengue, zika e chikungunya. Ainda em dezembro de 2022, a Secretaria Estadual de Saúde, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), emitiu um comunicado de risco para a população em decorrência de um surto de chikungunya em um município do noroeste do Estado, onde foi observada a transmissão vertical do vírus no vetor Aedes aegypti.

Segundo o Painel de Casos de Dengue RS, para 2023, já foram confirmados 26 casos distribuídos em 21 municípios, sendo 17 deles autóctones, o que alerta para a circulação viral. O pico de proliferação de mosquitos dentro do município se dá entre os meses de março e abril, segundo levantamentos históricos, o que deve alertar sobre os índices de infestação tenderem a aumentar nos próximos meses.

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