Oferecer o seu lar para ser a residência temporária de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social é a proposta do Família Acolhedora. E é na intenção de apresentar o serviço para novos interessados e chamar a comunidade para entender sobre o assunto que o 4º Encontro Informativo sobre Famílias Acolhedoras foi realizado no início deste mês, em Novo Hamburgo.
Junto à apresentação, também foi realizada a 2ª Capacitação para as Famílias Acolhedoras, qualificando os candidatos que ingressaram no programa para possivelmente receber crianças e adolescentes em suas casas.
O serviço é realizado em Novo Hamburgo por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social. A coordenadora do Família Acolhedora e psicóloga Eduarda Torres explica que essas famílias recebem suporte técnico e financeiro para acolher as crianças e adolescentes, após passarem por um processo de triagem e qualificação.
“É um trabalho voluntário, mas elas recebem uma bolsa auxílio para ajudar a custear as necessidades”, detalha Eduarda.
Na cidade, o programa iniciou em novembro de 2022 e ainda não há nenhuma família habilitada para receber jovens temporariamente. Embora este seja o quarto encontro, a Eduarda revela a dificuldade das famílias permanecerem durante o período. Ela define o programa como um “grande funil”, em que muitos interessados ingressam, mas poucos dão continuidade.
“De 10 inscritos no ano passado, duas famílias iniciaram o processo de capacitação e dessas duas, uma está em processo de mudança do município e a outra desistiu por entender que não há tempo na rotina”, conta a psicóloga.
Cuidado e qualificação
Os encontros fazem parte de um processo criterioso e detalhado de avaliação, com entrevista e visita domiciliar. Após as etapas psicossociais, os candidatos encaminham documentações para a Vara da Criança e da Juventude e a habilitação é concedida pelo juiz.
Após a família ser considerada habilitada a receber o jovem em sua residência, o trabalho da equipe do Família Acolhedora, formada por profissionais como assistente social e psicólogos, não acaba. “A cada três meses nós somos obrigados a informar o judiciário sobre a criança e a cada seis meses existe uma audiência onde será tratado o tema de cada criança acolhida. É um processo bastante minucioso e bastante cuidadoso”, pontua Eduarda.
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Cuidado e qualificação
Os encontros fazem parte de um processo criterioso e detalhado de avaliação, conforme explica a coordenadora. “Essas famílias se inscrevem e passam por uma entrevista inicial, além de uma visita domiciliar”, complementa ela. Após as etapas psicossociais, os candidatos precisam encaminhar a documentação necessária para a Vara da Criança e da Juventude e a habilitação é concedida pelo juiz.
Após a família ser considerada habilitada e receber o jovem em sua residência, o trabalho da equipe do Família Acolhedora, formada por profissionais como assistente social e psicólogos, não acaba. “A cada três meses nós somos obrigados a informar o judiciário sobre a criança e a cada seis meses existe uma audiência onde será tratado o tema de cada criança acolhida. É um processo bastante minucioso e bastante cuidadoso”, pontua Eduarda.
Política pública
O acolhimento não tem tempo mínimo, mas pode chegar até o limite de um ano e meio, e no fim desse período a criança ou adolescente pode ser reintegrada à família de origem ou encaminhada para adoção. O serviço é destinado a pessoas de 0 a 18 anos. No entanto, em Novo Hamburgo, a prioridade se dá para crianças de 0 a 6 anos, por entender que “é nesta fase que a criança tem as maiores aquisições e precisa de um olhar mais individualizado. A gente percebe que o olhar individualizado traz maiores benefícios”, afirma a coordenadora.
A Família Acolhedora é uma política pública, atendendo o Estatuto da Criança e do Adolescente e conforme o previsto na lei municipal 3.369/2022. A principal proposta do programa é contribuir para a superação do sofrimento vivida pelas crianças e adolescentes.
Entre as exigências, além de precisarem ser maiores de 21 anos, é necessário residir em Novo Hamburgo, idoneidade moral, não ter membros da família com situação de dependência de álcool e drogas, não ter intenção de adotar e é preciso que todos os membros da família concordem com a decisão.
As inscrições podem ser feitas pelos telefones (51) 3593-1252, (51) 99852-6973 ou e-mail familiaacolhedora18@gmail.com, ou na Rua David Canabarro, 20, 5º andar.