SEGURANÇA PÚBLICA

Índice de roubo de carros cai 74% em cinco anos em Novo Hamburgo; veja os indicadores criminais na cidade

Indicadores criminais de 2023 foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) há poucos dias

Publicado em: 18/01/2024 03:00
Última atualização: 18/01/2024 10:34

O fechamento dos indicadores criminais de 2023, divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) há poucos dias, confirma a redução significativa dos principais índices de crimes em Novo Hamburgo. Nos últimos cinco anos, o Município apresentou queda em todos os indicadores graves, como homicídio e roubo de veículos, seguindo a tendência estadual.

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Presença estratégica nas ruas é vista como essencial Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

De 2019 a 2023, Novo Hamburgo viu o número de roubos de carros cair de 630 para 161 casos, representando uma queda de 74,44%. O índice de furto de veículos também caiu 50,8%. Já os roubos em geral (assalto a residência, roubo a pedestre, entre outros), que em 2019 foram 1.848 casos, terminaram 2023 com 737 ocorrências, apresentando uma queda de 60,1%.


Índice de roubo de carros cai 74% em cinco anos em Novo Hamburgo; veja os indicadores criminais na cidade Foto: GES

Combate

De acordo com o tenente-coronel Alexandro dos Santos Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), esses indicadores são perseguidos pelas forças de segurança, pois representam a porta de entrada para diversos outros crimes, como o desmanche ilegal para venda de peças, e podem descambar em crimes violentos, como latrocínios, no caso dos roubos.

A redução de outro indicador que é comemorado pelas forças de segurança nos crimes violentos letais intencionais (CVLI). Em cinco anos, esse indicador caiu 36,5% em Novo Hamburgo, com os crimes de homicídio puxando o índice para baixo. Em 2019, foram registrados 39 homicídios no Município. Em 2023, foram 24, reduzindo em 38,4% o número de casos no período analisado. O número de mortes em decorrência deste crime também caiu 44%, de 45 para 25 vítimas.

Exceção é estelionato, que cresce

Na contramão dos bons indicadores estão os casos de estelionato. Em dezembro, reportagem do Jornal NH mostrou a migração do crime a partir da pandemia de Covid-19.

Na ocasião, o delegado Eduardo Hartz, chefe da 3ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), atribuiu o fenômeno à exposição de dados pessoais na Internet. "O aumento de estelionatos a partir da pandemia é um fenômeno que aconteceu no Brasil todo. Com as pessoas mais tempo em casa, conectadas o tempo todo, se expondo mais, inclusive dados pessoais, facilitou a vida de golpistas", opinou.

Elevação

Em 2023, Novo Hamburgo teve 2.098 estelionatos registrados. Em comparação com 2019, quando 966 casos foram computados, significa dizer que houve um crescimento de 117,1%. No Rio Grande do Sul, o aumento dos estelionatos foi de 192,83%, passando de 29.294 em 2019 para 85.784 em 2023. O delegado regional atribui a explosão de casos, especialmente em cidades menores, à transformação digital e à popularização das compras on-line.

Brigada Militar faz balanço positivo

A Brigada Militar considera que o balanço positivo referente aos indicadores de 2023 mostra os resultados das estratégias de policiamento empregadas pelo 3º BPM. Uma delas foi a saturação de áreas com incidência de determinados crimes com base na leitura de dados.

Foi através do policiamento guiado por dados, conforme abordou reportagem do Jornal NH em outubro, que Novo Hamburgo ganhou destaque estadual ao finalizar agosto com apenas seis veículos roubados. Em outubro, segundo o tenente-coronel Alexandro dos Santos Famoso, este índice foi ainda menor, com apenas dois carros roubados na cidade.

Planejamento

"O resultado obtido é fruto das estratégias de prevenção e repressão ao crime com base em sistemas informatizados, na análise de dados georreferenciados que indicam os locais de maior incidência para o enfrentamento do problema, em ações preventivas efetivas, maior atuação dos setores de inteligência e, sobretudo, pela integração das forças de segurança pública, ponto forte no nosso município", esclarece.

Para 2024, a meta do 3º BPM é manter os indicadores estabilizados. "Infelizmente, não se consegue zerar esses índices, mas mantê-los controlados. Direcionar a forma de atuação preventiva e repressiva para o foco do problema, com o uso de sistemas informatizados de gestão e o emprego de uma inteligência policial qualificada, é imprescindível para as decisões de Comando e para atuação das forças de segurança pública", pontua.

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