SOLIDARIEDADE

Horta Comunitária Joanna de Ângelis anuncia transformação em Instituto

Evento na noite de terça-feira prestou contas sobre o trabalho de cinco meses desde as enchentes

Publicado em: 23/10/2024 18:28
Última atualização: 23/10/2024 18:29

Diretoria, voluntários e homenageados da Horta Comunitária Joanna de Ângelis, de Novo Hamburgo, se encontraram na noite de terça-feira (22) para celebrar os resultados das atividades desenvolvidas no atendimento às vítimas das enchentes de maio. Além disso, o encontro serviu para apresentar a mudança de logomarca e transformação do grupo em instituto, visando potencializar suas atividades comunitárias.


Homenageados da noite Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Nos últimos meses, foram arrecadados e distribuídos 50 toneladas de alimentos, 8 mil litros de leite, 5 toneladas de ração, 4 mil cobertores e 3 mil pares de sapatos novos, além de cerca de 17 mil pares usados. A Horta também investiu R$ 189.576,00 em eletrodomésticos, móveis e colchões, forneceu mil pacotes de fraldas e 10 mil litros de produtos de limpeza, beneficiando diretamente 15 cidades, incluindo São Leopoldo, Novo Hamburgo e Porto Alegre. Ao todo, mais de 50 entidades colaboraram com a horta, que ainda distribuiu cerca de meio milhão de peças de roupas.

Em sua apresentação, o presidente Gilmar Dalla Rosa destacou a importância do trabalho, resumindo as ações em uma frase: “Você nunca saberá quantas vidas transformou, mas elas saberão”.

Evento prestou contas e apresentou mudançasDário Gonçalves/GES-Especial
Presidente do Instituto, Gilmar Dalla RosaDário Gonçalves/GES-Especial
Evento prestou contas e apresentou mudançasDário Gonçalves/GES-Especial

Mudança para Instituto

A organização aproveitou a ocasião para anunciar sua transformação em Instituto Joanna de Ângelis, um passo que, segundo Dalla Rosa, ampliará significativamente suas capacidades. Com a mudança, a horta expandirá suas atividades para atender melhor a comunidade. “Efetivamente nós somos muito mais que uma horta. Hoje temos 100 famílias e 90 crianças em atividades semanais que incluem atendimento psicológico, alimentação e recreação. Então, estamos dando oportunidade para essas crianças, que muitas vezes tem uma família desestruturada, estão numa área de risco, e como Instituto a gente pode, com certeza, alavancar mais recursos”, explica, adiantando que já fez um credenciamento junto à Lei Rouanet.

Atualmente, a horta conta com uma equipe diversificada, incluindo 14 psicólogos, dois assistentes e três educadores sociais, dois professores de esporte, além de 300 voluntários. As atividades ocorrem em um espaço de quase 4 hectares, que conta com ginásio, salas de psicologia e cozinha.


Camas de paletes estão sendo construídas aos afetados pelas enchentes Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Planos Futuros

O Instituto já projeta o futuro, visando a criação de mais estrutura física para atender a crescente demanda. “Hoje, temos fila para entrar. Precisamos de mais recursos para contratar profissionais que possam trabalhar diretamente com as crianças, já que os voluntários só podem atuar como apoio”, explicou Dalla Rosa.

Além disso, a instituição pretende destinar cerca de 50 mil peças de roupas, que sobraram, para Santa Catarina e iniciar um projeto de marcenaria, criando móveis para famílias que ainda enfrentam dificuldades devido às enchentes. Com dois brechós e um armazém na horta, o Instituto busca desenvolver produtos para venda e explorar novas formas de captação de recursos.

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