Quem circula pela Avenida Primeiro de Março, nas imediações do bairro Industrial, em Novo Hamburgo, já deve ter percebido que o canteiro central embaixo dos trilhos do trem em nada lembra o cenário de anos atrás. Em vez de mato, lixo e móveis velhos, o espaço hoje tem flores, árvores e pilares coloridos, formando um jardim em plena via pública.
No trecho entre as Ruas Corumbá e Amarante, quem cuida do local, marcado por pneus coloridos e até mesa e cadeiras feitas com restos de árvore, é o morador em situação de rua Luiz Carlos da Silva Goulart, 63 anos.
Ele conta que há três anos, diariamente, faz a rega das flores, varre o espaço e cuida das árvores, com plantio de mudas e poda. “Antes, era tudo cheio de lixo. Então, eu cuido para deixar bonito”, conta.
Foi em 2020 que o endereço, chamado pelos moradores de praça, começou a ganhar cara nova. Durante a pandemia, a loja Casa de Tintas, localizada em frente ao canteiro, deu cor aos pilares que sustentam o trem. Inclusive, o estabelecimento recebeu da Câmara de Vereadores no ano passado o Prêmio Primavera em reconhecimento à iniciativa que embelezou a cidade.
Foi nesta época que Goulart adotou o canteiro como lar. Um sofá velho e uma cadeira demonstram que há alguém morando por ali.
O eletricista aposentado Guilhermino da Rosa, 76 anos, mora na frente, e já fez até festa de aniversário no canteiro desde que o espaço é cuidado. Inclusive, no verão, Rosa gosta de tirar uma sonequinha depois do almoço na praça. “Levo minha cadeira para ali e durmo”, conta. Segundo ele, o Goulart tem “muita sorte e mão boa”, pois tudo que planta, cresce. “Ele busca água com um balde ali na rua debaixo e coloca dentro do tonel. Seria bom se tivesse uma torneira ali para ajudar ele”, comenta.
Questionado sobre como se alimenta e onde se abriga quando chove, Goulart, que já trabalhou com servente de pedreiro, responde. “Eu me viro.”
Veja as fotos
Trabalho em conjunto
Quem circula pela Avenida Primeiro de Março, nas imediações do bairro Industrial, em Novo Hamburgo, já deve ter percebido que o canteiro central embaixo dos trilhos do trem em nada lembra o cenário de anos atrás. Em vez de mato, lixo e móveis velhos, o espaço hoje tem flores, árvores e pilares coloridos, formando um jardim em plena via pública.
No trecho entre as Ruas Corumbá e Amarante, quem cuida do local, marcado por pneus coloridos e até mesa e cadeiras feitas com restos de árvore, é o morador em situação de rua Luiz Carlos da Silva Goulart, 63 anos.
Ele conta que há três anos, diariamente, faz a rega das flores, varre o espaço e cuida das árvores, com plantio de mudas e poda. “Antes, era tudo cheio de lixo. Então, eu cuido para deixar bonito”, conta.
Foi em 2020 que o endereço, chamado pelos moradores de praça, começou a ganhar cara nova. Durante a pandemia, a loja Casa de Tintas, localizada em frente ao canteiro, deu cor aos pilares que sustentam o trem. Inclusive, o estabelecimento recebeu da Câmara de Vereadores no ano passado o Prêmio Primavera em reconhecimento à iniciativa que embelezou a cidade.
Foi nesta época que Goulart adotou o canteiro como lar. Um sofá velho e uma cadeira demonstram que há alguém morando por ali.
O eletricista aposentado Guilhermino da Rosa, 76 anos, mora na frente, e já fez até festa de aniversário no canteiro desde que o espaço é cuidado. Inclusive, no verão, Rosa gosta de tirar uma sonequinha depois do almoço na praça. “Levo minha cadeira para ali e durmo”, conta. Segundo ele, o Goulart tem “muita sorte e mão boa”, pois tudo que planta, cresce. “Ele busca água com um balde ali na rua debaixo e coloca dentro do tonel. Seria bom se tivesse uma torneira ali para ajudar ele”, comenta.
Questionado sobre como se alimenta e onde se abriga quando chove, Goulart, que já trabalhou com servente de pedreiro, responde. “Eu me viro.”
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