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ECONOMIA

Fórum em Novo Hamburgo debate papel do sistema financeiro gaúcho no desenvolvimento industrial

Encontro ocorreu na Câmara de Vereadores, e agora percorrerá outras cidades de todas as regiões do Rio Grande do Sul

Dário Gonçalves
Publicado em: 15/03/2024 às 22h:45
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Novo Hamburgo recebeu na noite de sexta-feira (15), na Câmara de Vereadores, o fórum de debates “O papel público do sistema financeiro gaúcho”, marcando o início dos debates regionais com o tema Desenvolvimento Industrial do RS.

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Sindicalistas também estiveram presentes | abc+



Sindicalistas também estiveram presentes

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

A iniciativa, liderada pelo deputado estadual Miguel Rossetto (PT) em colaboração com o movimento sindical bancário, teve seu lançamento em dezembro de 2023, com a presença dos dirigentes dos três bancos públicos gaúchos: Fernando Lemos, presidente do Banrisul; Claudio Gastal, do Badesul; e Ranolfo Vieira Júnior, vice-presidente do BRDE.

Rossetto explicou que o propósito do fórum é percorrer todas as regiões do estado para discutir com diversos setores como os bancos públicos, especialmente o Banrisul, podem contribuir para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. “Os bancos públicos são uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento do nosso estado e queremos debater também uma política cidadã de crédito que estimule a comunidade onde o banco está inserido”, pontuou.



À reportagem, Rossetto disse que o Fórum cumpriu com seu papel, destacando que é preciso fortalecer a presença do Banrisul, BRDE e Badesul na região do vale dos sapateiros, com investimento, apoio à indústria e uma presença ativa. “O Brasil volta a crescer e a indústria volta a ser prioridade, com o presidente Lula. E é muito importante que regiões que têm uma indústria potente, como o vale dos sapateiros, participem deste novo e positivo momento”, disse.

Indústria cultural

Depois das falas de Rossetto e dos representantes dos bancos, o microfone foi aberto ao público, e uma das pessoas que resolveu se manifestar foi Carlos Mosmann, do Coletivo Raízes de Novo Hamburgo e São Leopoldo. Mosmann disse que o setor cultural gera empregos equivalentes ao setor calçadista, mas não chega nem perto de receber os mesmos investimentos.

Representando o Coletivo Raízes, Carlos Mosmann | abc+



Representando o Coletivo Raízes, Carlos Mosmann

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

“Novo Hamburgo tem uma base cultural muito forte. Aqui se tocava muito piano, artes plásticas de muita qualidade. Uma atividade cultural muito desenvolvida. Tínhamos aqui a única empresa de produção de órgãos de igreja, de violinos. É importante que os bancos invistam na força econômica da cultura. Fazendo isso, estarão melhorando a economia e a educação do Rio Grande do Sul.

Cada região terá um encontro temático. Depois de Novo Hamburgo, o fórum passará por Pelotas, Santa Maria, Caxias, Santa Rosa, Passo Fundo e Bagé, encerrando em Porto Alegre. “É a indústria que gera desenvolvimento, uma indústria forte, que incorpora tecnologias, sustentável, com empregos de qualidade. Vamos realizar mais seis encontros pelo estado. O próximo será em Pelotas”, explicou Rossetto.

Os temas abrangentes trataram da relação dos bancos com setores estratégicos para o RS, como indústria, agricultura, cultura, pequenos negócios, tecnologia e trabalhadores, além de abrir um debate sobre uma política de crédito cidadão.

O deputado também destacou que um dos objetivos é fazer uma política de patrocínio, que valorize a cultura e os esportes locais, por exemplo. “O atendimento à agricultura familiar, pequenos empreendedores, relação dos bancos com as prefeituras, os trabalhadores e os correntistas. Tudo isso foi debatido nesses encontros”, finalizou o deputado.



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