O Dia de Finados é tradicionalmente lembrado pela ida de familiares e amigos ao cemitério onde os entes queridos estão sepultados. Na quinta-feira (2), as homenagens aos que partiram se dará através das flores naturais ou artificiais, velas, e até mesmo na limpeza dos túmulos.
Em Novo Hamburgo, a terça-feira (31) foi de movimento nas floriculturas e bazares do Centro.
Apesar de não ser a data de mais vendas para o segmento, as lojas com flores artificiais acabam recebendo clientes dias antes do feriado de Finados. De acordo com os proprietários da loja Casa Portuguesa Flores, Elaine Puhl, 42, e Luís Fernando Puhl, 35, a cultura de levar flores para o cemitério acontece há bastante tempo, por isso, a procura pelas flores permanentes é recorrente na data.
“Estamos vendo um fluxo bem intenso, mas acredito que ano passado tivemos mais movimento”, avalia Elaine, que percebe que a queda na clientela tenha a ver com as eleições presidenciais do ano passado, que, por ser próxima do feriado, fez com que muitos evitassem viajar.
Os irmãos comentam que a loja existe há 26 anos e recebe clientes de toda a região para a compra de flores para a data. “É uma maneira das pessoas lembrarem dos entes queridos”, diz Puhl.
A aposentada Teresinha Reis, 69, aproveitou a tarde de terça para escolher as flores que levará aos túmulos dos pais, sogra e do marido. Neste ano, escolheu as flores artificiais, pois não necessitam de muitos cuidados.
“Eu sempre costumo levar em datas comemorativas, como Natal, Dia das Mães e dos Pais, e também aos finais de semana que vou ao cemitério, pois levar uma flor é a única coisa que a gente pode fazer”, afirma.
Naturais
Já no comércio das flores naturais, Poliana Schneider, 27, vendedora da Floricultura Rio Branco, diz que a expectativa para a data é vender 10% a mais do que no ano passado. A procura pelas flores naturais costuma ser grande, já que muitos gostam de levar arranjos prontos.
“Temos recebido bastantes encomendas. As preferidas dos clientes são os crisântemos, conhecidas como flor do campo, por terem uma duração maior, e as calandivas”, diz.
“Vem na memória o que já vivemos”
Moradora do bairro Industrial, Rosemeri Pereira, 52, enxerga o feriado de Dia de Finados como um período de reflexão dos bons momentos que viveu junto aos familiares que já partiram.
“É um momento delicado. Vem na memória o que já vivemos com as pessoas que viraram estrelinha, como eu costumo dizer”, avalia Rosemeri.
Ela leva flores aos avós, padrinhos, irmão e ao marido, que faleceu recentemente de Covid-19.
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Esse ano, também escolheu as flores artificiais. “Como elas ficam no tempo, elas duram mais. Escolhi as cores que cada um deles gostava em vida”, comenta.