Com a aproximação do feriado de Finados, cemitérios da região se preparam para receber familiares e amigos em homenagem aos entes queridos. A data, que tradicionalmente atrai grande movimentação aos locais, também demanda atenção redobrada em relação à prevenção do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
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Foto: Letícia Breda/GES-Especial
Em Novo Hamburgo, a manutenção do Cemitério Municipal Willy Martin, no bairro Operário, tem sido intensificada pela prefeitura, com os serviços de limpeza, dedetização, capina e pintura. A organização é pensada para o sábado (2), onde o local funcionará das 7 às 18 horas, com a realização de missa às 08h30.
A prevenção contra ambientes favoráveis ao mosquito é essencial. Segundo Tiago Filipe Steffen, coordenador do Projeto de Combate e Prevenção à Dengue da Universidade Feevale, é ideal que os cuidados com os túmulos sejam frequentes. “Nos cemitérios de Novo Hamburgo, observamos tanto flores naturais quanto flores artificiais em potes que acumulam água para a proliferação do mosquito. A escolha e a manutenção dos recipientes são de máxima importância para evitar problemas”, afirma.
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Visitantes também podem colaborar eliminando água acumulada em sepulturas próximas ou cobrindo com areia locais que possam armazená-la. “Descartar potes velhos e quebrados nos locais de descarte do cemitério também é uma importante atitude durante a visitação”, reforça Steffen.
Passar repelente antes da visita também é uma proteção relevante, especialmente devido à circulação do vírus da dengue na cidade. Além disso, a prefeitura destaca que a conscientização e a colaboração da população são fundamentais para reduzir os focos do mosquito.
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Orientações da prefeitura:
– Evitar deixar objetos que possam acumular água sobre os túmulos;
– Usar vasos furados e sem pratos embaixo;
– Manter o nível de areia, terra ou brita até a borda;
– Evitar plantas que podem reter água entre as folhas, como as bromélias;
– Dar preferência a flores artificiais;
– Retirar o embrulho de celofane dos buquês ou vasos;
– Floreiras de concreto e locais onde são colocadas as velas devem ser furadas para permitir a saída da água.
Movimentação nas floriculturas
Os dias que antecedem o feriado de Finados aumentam a movimentação nas floriculturas, embora o ritmo tenha desacelerado ao longo dos anos. Ricardo Model, de 54 anos, dono de uma loja no bairro Rio Branco, observa um crescimento de cerca de 20% nas vendas.
“Antigamente, o aumento era bem maior. Orientamos os clientes sobre o que levar ao cemitério, sugerindo vasos mais resistentes, que evitem o acúmulo de água”, explica.
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Familiares aproveitam para limpar os túmulos
A preparação dos túmulos é uma prática comum para muitos que perderam entes queridos, e essa movimentação se intensifica nos dias que antecedem o feriado. A aposentada Lídia Moraes, 60, sempre visita as sepulturas da família, carregando flores como forma de homenagem.
“Aqui estão enterrados meus avós, minha mãe e o irmão dela. Ver um túmulo bem cuidado, para mim, é sinal que a pessoa foi muito amada durante a vida. Venho sempre que posso, como em aniversários, Dia das Mães e Natal”, relata.
Foto: Letícia Breda/GES-Especial
O mesmo cuidado é compartilhado pelos aposentados Rubem Freiberger, 70, e Sirlei Mendes, 63. Aproveitando o período pré-feriado, o casal se dedica a limpar as sepulturas. “Não deixamos de cuidar, é nossa família. Viemos agora para antecipar, pois, no sábado, vamos visitar outros parentes em outro cemitério”, comenta Freiberger.
Foto: Letícia Breda/GES-Especial
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