NA FENAC
Fimec traz soluções inovadoras que rendem negócios milionários
Primeiro dia de feira teve estandes e corredores lotados. Empresas da região apostam em tecnologia e sustentabilidade
Última atualização: 01/02/2024 16:14
A 46ª edição da Fimec - Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes começou nesta terça-feira (7), na Fenac, em Novo Hamburgo e logo nas primeiras horas já mostrou por que merece o título de uma das maiores do setor no mundo. Os corredores e estandes do pavilhão estavam lotados, e muitos negócios puderam ser alinhavados e, inclusive, fechados.
A empresa GoldenMaq, de Campo Bom, teve sua principal aposta para a feira: uma máquina injetora de EVA com valor aproximado de R$ 1 milhão, vendida em apenas duas horas. "Em 2022, viemos ainda receosos por conta da pandemia, e foi um sucesso. Este ano começou ainda melhor. É uma feira de poucos curiosos, o pessoal vem mesmo para fechar negócio. Vendemos uma das principais máquinas para a Calçados Pegada. Com certeza vamos vender mais até o fim desta edição", conta o diretor de Inovação e Tecnologia da empresa Bruno José Lopes.
A inovação, aliás, é marca da empresa. A máquina em questão tem o sistema de refrigeração 100% a ar. "É como se fosse um ar-condicionado cativo nela. O diferencial é a economia energética, maior eficiência, produtividade e baixo custo de manutenção", completa Lopes.
A Orisol, que no Brasil tem sua sede em Campo Bom, também trouxe para esta edição soluções inovadoras no segmento de máquinas para calçados. Entre as novidades está a máquina de costura automática em novo tamanho 45X30, que pesa 500 quilos, e a máquina de tecnologia de alta frequência HF 15X30 C, que é totalmente digital e permite produtividade de 20% a 30% maior. "A máquina de costura em um tamanho intermediário foi uma solicitação dos clientes, já que a nossa maior pesa uma tonelada", explica Fábio Kerber, comercial da empresa.
Já a máquina de alta frequência apresentada na Fimec traz maior precisão ao ler o código de barras, que é colado na matriz, e assim o operador sabe qual programa deve utilizar na produção do respectivo calçado. Kerber avalia positivamente o primeiro dia de feira. "Estamos recebendo muitas visitas e temos interessados nas máquinas", diz.
A Fevax, empresa de Novo Hamburgo, levou para esta edição soluções em tecidos e também percebe o otimismo neste começo de evento. "É a nossa segunda participação e estamos muito felizes. Viemos com espaço maior. Tem muito movimento e uma demanda muito boa. Estamos mais focados no mercado interno", comenta a proprietária da marca, Thais Loureiro. Entre os tecidos para calçados, a forte tendência é o jeans.
A Fimec segue nesta quarta (8) e na quinta-feira (9), das 13 às 20 horas, e é voltada para profissionais da cadeia coureiro-calçadista. São esperados 20 mil visitantes ao longo dos três dias, vindos de 40 países.
Capital mundial do calçado é aqui
A abertura oficial da feira contou com a presença de autoridades estaduais e municipais, como o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, a prefeita de Novo Hamburgo Fatima Daudt, o diretor-presidente da Fenac, Márcio Jung, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista e o deputado estadual Issur Koch e representantes de entidades ligadas ao setor do couro e calçado.
A prefeita destacou a importância da Fimec para o setor e para a região. "A Fimec é o grande elo da cadeia de produção com o mercado. Até quinta-feira, Novo Hamburgo é a capital mundial do calçado. É o lugar onde o setor se encontra. É uma feira de negócios e também a troca de conhecimento. O momento econômico é desafiador, mas é favorável para quem acredita na força do setor e nós acreditamos."
Souza ressaltou que o maior cluster calçadista está na região, nos vales do Sinos e Paranhana, produzindo pares de altíssima qualidade, e que o governo do Estado está atento a demandas do setor, como as questões tributárias. "Temos que aprofundar a pauta tributária", avaliou.
Koch também falou sobre a tributação no setor do calçado. Atualmente, ao lado de entidades, o parlamentar trabalha junto à Secretaria Estadual da Fazenda para redução da alíquota de ICMS de 4% para 3%. “Ao equipararmos o ICMS com o de Santa Catarina, por exemplo, empresas que atualmente faturam por outros estados voltarão para o Rio Grande do Sul, gerando mais emprego e renda para os gaúchos”, defendeu.
Depois da cerimônia oficial, o grupo visitou os pavilhões da Fimec. O vice-governador visitou a Fábrica Conceito, que traz todas as etapas do processo da confecção de pares de sapatos, e recebeu dois pares, um para uso pessoal e um feminino para presentear sua esposa.
Produto livre de petróleo
Um dos estandes mais visitados no primeiro dia de feira foi o da FCC, também de Campo Bom. A empresa apresenta o termoplástico inédito, feito com mais de 99,9% de fontes renováveis.
Livre de petróleo e seus derivados, o novo composto foi completamente desenvolvido pela empresa campobonense e é voltado à produção de solados.
"A FCC deu um salto de tecnologia utilizando materiais de fontes renováveis. Em 2022, os materiais continham 25%, e atualmente temos produtos quase 100% com fontes renováveis. E com a mesma propriedade mecânica, não deixa nada a desejar. O incremento de custo, para o cliente, também pode ser ajustado", explica o CEO da FCC, Marcelo Reichert, que celebra o dia 1 da Fimec.
"A movimentação do primeiro dia é a maior dos últimos anos. Temos muitos interessados no nosso lançamento, estamos otimistas", completa Reichert.
Grupo Sinos está presente
Diretamente do estande do Grupo Sinos na feira, a jornalista e apresentadora Luana Rodrigues conta detalhes diariamente sobre a movimentação na Fenac. Acompanhe as transmissões pelo Youtube do Jornal NH.
A 46ª edição da Fimec - Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes começou nesta terça-feira (7), na Fenac, em Novo Hamburgo e logo nas primeiras horas já mostrou por que merece o título de uma das maiores do setor no mundo. Os corredores e estandes do pavilhão estavam lotados, e muitos negócios puderam ser alinhavados e, inclusive, fechados.
A empresa GoldenMaq, de Campo Bom, teve sua principal aposta para a feira: uma máquina injetora de EVA com valor aproximado de R$ 1 milhão, vendida em apenas duas horas. "Em 2022, viemos ainda receosos por conta da pandemia, e foi um sucesso. Este ano começou ainda melhor. É uma feira de poucos curiosos, o pessoal vem mesmo para fechar negócio. Vendemos uma das principais máquinas para a Calçados Pegada. Com certeza vamos vender mais até o fim desta edição", conta o diretor de Inovação e Tecnologia da empresa Bruno José Lopes.
A inovação, aliás, é marca da empresa. A máquina em questão tem o sistema de refrigeração 100% a ar. "É como se fosse um ar-condicionado cativo nela. O diferencial é a economia energética, maior eficiência, produtividade e baixo custo de manutenção", completa Lopes.
A Orisol, que no Brasil tem sua sede em Campo Bom, também trouxe para esta edição soluções inovadoras no segmento de máquinas para calçados. Entre as novidades está a máquina de costura automática em novo tamanho 45X30, que pesa 500 quilos, e a máquina de tecnologia de alta frequência HF 15X30 C, que é totalmente digital e permite produtividade de 20% a 30% maior. "A máquina de costura em um tamanho intermediário foi uma solicitação dos clientes, já que a nossa maior pesa uma tonelada", explica Fábio Kerber, comercial da empresa.
Já a máquina de alta frequência apresentada na Fimec traz maior precisão ao ler o código de barras, que é colado na matriz, e assim o operador sabe qual programa deve utilizar na produção do respectivo calçado. Kerber avalia positivamente o primeiro dia de feira. "Estamos recebendo muitas visitas e temos interessados nas máquinas", diz.
A Fevax, empresa de Novo Hamburgo, levou para esta edição soluções em tecidos e também percebe o otimismo neste começo de evento. "É a nossa segunda participação e estamos muito felizes. Viemos com espaço maior. Tem muito movimento e uma demanda muito boa. Estamos mais focados no mercado interno", comenta a proprietária da marca, Thais Loureiro. Entre os tecidos para calçados, a forte tendência é o jeans.
A Fimec segue nesta quarta (8) e na quinta-feira (9), das 13 às 20 horas, e é voltada para profissionais da cadeia coureiro-calçadista. São esperados 20 mil visitantes ao longo dos três dias, vindos de 40 países.
Capital mundial do calçado é aqui
A abertura oficial da feira contou com a presença de autoridades estaduais e municipais, como o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, a prefeita de Novo Hamburgo Fatima Daudt, o diretor-presidente da Fenac, Márcio Jung, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista e o deputado estadual Issur Koch e representantes de entidades ligadas ao setor do couro e calçado.
A prefeita destacou a importância da Fimec para o setor e para a região. "A Fimec é o grande elo da cadeia de produção com o mercado. Até quinta-feira, Novo Hamburgo é a capital mundial do calçado. É o lugar onde o setor se encontra. É uma feira de negócios e também a troca de conhecimento. O momento econômico é desafiador, mas é favorável para quem acredita na força do setor e nós acreditamos."
Souza ressaltou que o maior cluster calçadista está na região, nos vales do Sinos e Paranhana, produzindo pares de altíssima qualidade, e que o governo do Estado está atento a demandas do setor, como as questões tributárias. "Temos que aprofundar a pauta tributária", avaliou.
Koch também falou sobre a tributação no setor do calçado. Atualmente, ao lado de entidades, o parlamentar trabalha junto à Secretaria Estadual da Fazenda para redução da alíquota de ICMS de 4% para 3%. “Ao equipararmos o ICMS com o de Santa Catarina, por exemplo, empresas que atualmente faturam por outros estados voltarão para o Rio Grande do Sul, gerando mais emprego e renda para os gaúchos”, defendeu.
Depois da cerimônia oficial, o grupo visitou os pavilhões da Fimec. O vice-governador visitou a Fábrica Conceito, que traz todas as etapas do processo da confecção de pares de sapatos, e recebeu dois pares, um para uso pessoal e um feminino para presentear sua esposa.
Produto livre de petróleo
Um dos estandes mais visitados no primeiro dia de feira foi o da FCC, também de Campo Bom. A empresa apresenta o termoplástico inédito, feito com mais de 99,9% de fontes renováveis.
Livre de petróleo e seus derivados, o novo composto foi completamente desenvolvido pela empresa campobonense e é voltado à produção de solados.
"A FCC deu um salto de tecnologia utilizando materiais de fontes renováveis. Em 2022, os materiais continham 25%, e atualmente temos produtos quase 100% com fontes renováveis. E com a mesma propriedade mecânica, não deixa nada a desejar. O incremento de custo, para o cliente, também pode ser ajustado", explica o CEO da FCC, Marcelo Reichert, que celebra o dia 1 da Fimec.
"A movimentação do primeiro dia é a maior dos últimos anos. Temos muitos interessados no nosso lançamento, estamos otimistas", completa Reichert.
Grupo Sinos está presente
Diretamente do estande do Grupo Sinos na feira, a jornalista e apresentadora Luana Rodrigues conta detalhes diariamente sobre a movimentação na Fenac. Acompanhe as transmissões pelo Youtube do Jornal NH.