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Novo Hamburgo

Feevale sedia primeira Roda de Conversa sobre Educação e Resiliência Climática

Evento discutiu o papel dos educadores na formação de futuras gerações e a importância da inovação no enfrentamento das mudanças climáticas

Dário Gonçalves
Publicado em: 16/10/2024 às 17h:52 Última atualização: 16/10/2024 às 17h:53
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A Primeira Roda de Conversa promovida pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) reuniu educadores, bolsistas e especialistas na Universidade Feevale na noite de terça-feira (15). Em discussão, temas fundamentais como o futuro da educação e os impactos das mudanças climáticas. O evento, que celebrou o Dia do Professor, teve como foco o papel dos educadores como protagonistas na construção de resiliência.

Bolsistas do programa Professor do Amanhã estiveram presentes | abc+



Bolsistas do programa Professor do Amanhã estiveram presentes

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Com o tema “Nós, Professores do Amanhã, como protagonistas na construção de resiliência”, a roda de conversa destacou o programa estadual, que visa preparar as futuras gerações de educadores. A diretora do departamento de Gestão da Inovação e coordenadora do programa, Paola Schaeffer, enfatizou a importância de inovar no ensino. “Estamos formando professores que irão preparar os alunos para desafios que ainda nem conhecemos. Precisamos incluir a inovação desde a base da educação”, disse.

O encontro também contou com a presença do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do Plano Rio Grande, que discutiu estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas. O secretário-executivo do comitê, Joel Goldenfum, reforçou que “a resiliência climática precisa ser incorporada ao processo educacional, pois as novas gerações enfrentarão os efeitos das mudanças e precisam estar preparadas.”

Transformações

Em sua fala, a secretária de Educação do Rio Grande do Sul, Raquel Teixeira, destacou a importância do professor na formação dos alunos: “Todo dia é dia do professor, mas ter uma data para reconhecer seu papel é fundamental. O professor não apenas transmite conhecimento, mas também se perpetua nos alunos. É vital ter programas como o Professor do Amanhã, que promovem a qualidade do ensino em um momento de apagão de professores”, enfatizou.

O evento também provocou reflexões sobre o ensino colaborativo e a adoção de novas metodologias alinhadas às necessidades contemporâneas. Ocasião em que a professora da Feevale, Danielle Paula Martins, alertou sobre os riscos enfrentados pela sociedade atual, mencionando que “estamos em uma sociedade de múltiplos riscos, como desastres climáticos e pandemias, que nós mesmos construímos.”



Em “portunhol”, o antropólogo colombiano Santiago Uribe afirmou que as cidades são pessoas, e não apenas infraestrutura. “Precisamos de uma organização social onde professores e alunos sejam protagonistas na transformação de nossas comunidades”, alertou.

Também estiveram presentes a coordenadora do Professor do Amanhã na Feevale, Rosemari Lorenz Martins e o reitor da universidade, José Paulo da Rosa, além dos alunos bolsistas do programa Professor do Amanhã. As próximas Rodas de Conversa ocorrerão na Puc, em Porto Alegre; Unisinos, em São Leopoldo; e Unilasalle, em Canoas, em datas ainda não confirmadas entre novembro e dezembro.



Nova edição do Professor do Amanhã terá até 500 vagas em cursos de licenciatura

O programa estadual “Professor do Amanhã” terá uma nova edição, com previsão de lançamento do edital nas próximas semanas, oferecendo até 500 bolsas integrais para cursos de licenciatura no Rio Grande do Sul. O investimento será de R$ 19,2 milhões até 2026, focando em formação nas áreas de Matemática, Língua Portuguesa, Geografia e História, em instituições comunitárias de Ensino Superior.

Coordenado pelo Gabinete do Vice-Governador e executado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), o programa visa atrair novos talentos para a carreira docente, ajudando a combater o déficit de professores e apoiar jovens em suas trajetórias profissionais. Cada estudante receberá uma bolsa mensal de R$ 800, além do repasse de R$ 800 por vaga para as instituições de ensino.

Na primeira edição, houve grande procura, com mais de 4 mil inscrições para mil vagas, demonstrando a demanda pela profissão. Os cursos ocorrerão presencialmente, com carga mínima de 3.200 horas, abordando competências do século 21 e práticas de letramento racial e social. Os alunos devem realizar prática de ensino de pelo menos 300 horas na rede pública e, após a conclusão, 1.920 horas como docentes, sendo automaticamente inscritos no Cadastro de Contratações Temporárias.

Mais informações no site do Governo do Estado.

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