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ACIDENTE

"Fé é a única coisa que nos move", diz filha de idosa atropelada por ônibus

Moradora do bairro Santo Afonso saia do trabalho quando foi atingida pelo veículo. Ela havia casado há dois meses e estava "radiante de felicidade"

Nadine Funck
Publicado em: 15/09/2023 às 13h:31 Última atualização: 17/10/2023 às 21h:41
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Todos os dias pela manhã, Marli da Silva, de 65 anos, ligava para saber se a filha, Quézia Johnn, 38, havia dormido bem. Nesta sexta-feira (15), o celular não tocou. A idosa foi atropelada por um ônibus na tarde de quinta (14) e segue em estado grave no Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH).

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Marli da Silva foi atropelada por um ônibus no Centro de Novo Hamburgo | Jornal NH



Marli da Silva foi atropelada por um ônibus no Centro de Novo Hamburgo

Foto: Arquivo pessoal

Por volta das 16h50, ela havia saído do restaurante onde trabalha na Rua Lima e Silva e se deslocava ao Paradão para pegar um ônibus e voltar para casa, no bairro Santo Afonso, quando ocorreu a batida. Desde a queda, Marli não acordou mais.

A idosa teve traumatismo craniano grave. Nesta manhã, a Fundação de Saúde de Novo Hamburgo (FSNH), responsável pelo HMNH, informou que o estado de Marli é muito grave e que ela segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da casa de saúde

A filha conta que, além do dano cerebral, a mãe teve sangramento no baço e perfuração do pulmão esquerdo em função de costelas quebradas.

Muito emocionada, ela conta que levou a filha e o marido para ver a mãe ao meio-dia. “No fim do dia, uma notícia dessas. Estamos em choque”, expõe. 

Pela madrugada, Marli precisou passar por uma cirurgia. Familiares e amigos se reunirem em frente ao HMNH para rezar por ela, conta Quézia. “A fé é a única coisa que nos move.”

Às 2h30, veio o posicionamento dos médicos. “O estado é bem delicado porque ela não tem atividade cerebral. Deram 48 horas para a mãe apresentar alguma resposta”, explica a filha.

Ao todo, Marli tem sete filhos e se casou recentemente, há cerca de dois meses. Quézia conta que a mãe estava “radiante de felicidade” e que o atropelamento deixou a família abalada. “Ela é muito amada, o tipo de mãe que olha no seu olho e sabe quando você não está bem.”

O que diz o motorista

Segundo o condutor Luciano Rodrigues Cezar, da linha Kephas Momberger, da Viação Hamburguesa, não deu tempo de parar. “A senhora atravessou sem olhar, buzinei e freei, mas não deu tempo de parar”, relatou à reportagem na quarta-feira.

Além dele, quatro passageiros estavam no coletivo no momento do acidente, mas ninguém se feriu.

A reportagem tenta contato com a Viação Hamburguesa. O espaço está aberto para posicionamento.

O caso será investigado pela Polícia Civil.

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