SEGURANÇA
Fatima Daudt anuncia que escolas municipais realizam cadastro de reconhecimento facial
Mais de 50 centros educacionais de Novo Hamburgo já têm câmeras com o sistema; "Estamos implementando para que as 94 tenham isso", disse a prefeita
Última atualização: 04/03/2024 08:57
Em transmissão pelas redes sociais, a prefeita Fatima Daudt informou que Novo Hamburgo já realiza o cadastramento de alunos, pais e professores para reconhecimento facial. Além disso, está sendo implementado um aplicativo que opera como botão de pânico.
A rede municipal de ensino possui 90 escolas e quatro espaços pedagógicos, sendo que todos possuem alarme, segundo Fatima. Em 51 unidades há sistema de monitoramento, somando mais de 300 câmeras. “Essas câmeras têm reconhecimento facial e estamos fazendo o cadastramento. Estamos implementando para que as 94 tenham isso”, garantiu a chefe do Executivo.
De acordo com ela, o sistema é interligado com a Guarda Municipal que monitora todas as imagens. Agora, o Município vai implantar um aplicativo semelhante a um botão de pânico, que já integra o sistema em funcionamento. “Quando acionado, vai chamar a Guarda Municipal”, explica Fatima.
A prefeita lembrou que Novo Hamburgo já conta com o Programa Escola Mais Segura e, para que a comunidade escolar compreenda como funciona, será divulgado um vídeo. Foi por meio das informações desta iniciativa que aconteceu a coleta de dados de inteligência, quando foram priorizadas as escolas mais vulneráveis para a instalação das câmeras. “Mas queremos chegar em todas as escolas da rede”, reforçou novamente.
Ela ainda informou que dos 94 agentes contratados pela Prefeitura por meio de um contrato emergencial, 17 ainda estavam em falta na tarde de sexta-feira. “Estamos cobrando para que a empresa seja rápida”, garantiu.
Por fim, a prefeita fez um apelo aos pais para que não compartilhem falsas informações e que conversem com as crianças, que ainda se esforçam para vencer as consequências da pandemia. “Pais, vamos nos ajudar neste momento. Evitar de ficar criando pavor”, concluiu.
Protesto no Kephas
Pais e alunos da Escola Municipal Eugênio Nelson Ritzel, além de moradores do bairro Kpehas, se reuniram neste sábado (15) em frente ao portão principal do colégio para pedirem que a Prefeitura destaque um guarda municipal para zelar pela instituição. A principal reclamação é que este serviço já era prestado na escola, mas foi suspenso assim que o profissional, que ate então fazia a segurança, se aposentou.
Foi usado uma caixa de som, para que os participantes pudessem se manifestar, e pendurado cartazes com os dizeres “segurança é dever do Estado e direito de todos”.
Ex-aluna da instituição, Samanta Moura da Silva, 31 anos, hoje é mãe de três estudantes do local. “Eu estudei aqui e sempre tinha um guarda municipal. Faz dois anos que ele se aposentou e a escola ficou sem ninguém”, comenta. Para Samanta, o profissional destacado pela Prefeitura a partir do contrato emergencial para prestar serviço de segurança parece “mais um porteiro”. “Não queremos desmerecer a pessoa. Mas precisamos de alguém que possa defender nossos filhos”, diz.
A técnica de enfermagem Nadir Teixeira, 57 anos, tem um neto na Eugênio Ritzel. Mãe de cinco filhos, todos ex-alunos da escola, também defende a necessidade de um agente da GM. “Precisamos de alguém capacitado para cuidar também da segurança dos professores”, salienta.
Em nota divulgada na semana passada, a Prefeitura informou que todas as escolas da rede municipal, assim como a Eugênio Nelson Ritzel, têm visitas rotineiras da patrulha escolar da GM.