ABAIXO DO ESPERADO
Falta de chuva preocupa produtores em Novo Hamburgo
Produtora já teve perda de 50% da plantação de milho; flores também estão com dificuldade de brotar por causa do calor
Última atualização: 11/01/2024 12:42
A chuva ainda abaixo do esperado neste mês, começa a preocupar os produtores de Lomba Grande, em Novo Hamburgo. A escassez de chuva deve ainda prevalecer nos próximos 10 dias e segundo a MetSul Meteorologia, os números de municípios em situação de emergência pela estiagem não param de subir e as perdas nos campos são crescentes. A produtora de Lomba Grande Célia Wilheln relata que perdeu cerca de 50% da produção de milho. “Mesmo que seja comum a falta de chuva nesta época, este ano está bem pior que outros. Ano passado, por exemplo, nesta mesma época nós não tivemos perda”, conta.
Ainda segundo Célia, os demais produtos cultivados pela família precisam ser irrigados e a falta de chuva também impacta no aumento do consumo de energia elétrica. Flores que também são vendidas por Célia não são fáceis de cultivar. “O solo acaba esquentando muito com o sol forte e as flores eu estou quase desistindo de cultivar porque não consigo vencer na água. Quando molhamos a terra, ela esquenta e queima a raiz das plantações, mesmo usando sombrite em cima do cultivo não está fácil. Espero que chova bastante e logo”, enfatiza a produtora.
Para o também produtor de Lomba Grande Roberto Winck, o impacto ainda não foi grande. “Não tive perda, mas se continuar essa seca teremos prejuízos. Em compensação, por precisar de irrigação acabamos tendo mais trabalho e aumento da energia elétrica e água por causa da utilização da irrigação”, conta Winck.
Estado em alerta
Segundo o biólogo e extensionista rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) Carlos Roberto D’Avila Rocha, que também é coordenador da Emater em Novo Hamburgo, muitas cidades do Rio Grande do Sul já estão em estado de emergência. “Em Novo Hamburgo ainda não estamos, mas se não chover grandes proporções logo ficaremos em estado crítico também”, salienta Rocha.
A Emater tem vários incentivos e apoios aos agricultores, como programas e seguros de ressarcimento de perdas. Mas Rocha reforça a importância de se atentar às épocas de plantio. “Já sabemos que a estiagem nesta época é bem comum então a dica é que o milho, por exemplo, seja plantado em agosto, para ele chegar a esta época em estado de maturação e escapar das perdas. A soja realmente não temos muito o que fazer, pois precisa ser plantada em outubro ou novembro e acaba sendo afetada pela seca”, explica Rocha.
Chuvas não foram o suficiente
Conforme a MetSul, os primeiros dias do ano registraram chuvas em quase todas as regiões do RS, mas a chuva foi extremamente irregular e com uma enorme variabilidade de volumes de um ponto para outro dentro da mesma região, o que fez com que algumas localidades tivessem precipitação com acumulados mais altos e locais muito próximos pouco ou nada de chuva.
Mesmo que tenha chovido em grande parte do estado, o cenário só tende a piorar na estiagem que assola o Rio Grande do Sul. “Os acumulados de precipitação foram muito baixos na esmagadora maioria das cidades gaúchas e a água que se precipitou rapidamente vai evaporar com uma sequência de dias de sol e calor, levando à perda de umidade do solo e maior estresse para as lavouras”, explica a meteorologista Estael Sias.
Estael reforça que as projeções de chuva para os próximos dez dias são muito ruins. “O restante da semana terá o predomínio do tempo firme com muito sol e tardes de baixa umidade de quinta em diante”, finaliza.
A chuva ainda abaixo do esperado neste mês, começa a preocupar os produtores de Lomba Grande, em Novo Hamburgo. A escassez de chuva deve ainda prevalecer nos próximos 10 dias e segundo a MetSul Meteorologia, os números de municípios em situação de emergência pela estiagem não param de subir e as perdas nos campos são crescentes. A produtora de Lomba Grande Célia Wilheln relata que perdeu cerca de 50% da produção de milho. “Mesmo que seja comum a falta de chuva nesta época, este ano está bem pior que outros. Ano passado, por exemplo, nesta mesma época nós não tivemos perda”, conta.
Ainda segundo Célia, os demais produtos cultivados pela família precisam ser irrigados e a falta de chuva também impacta no aumento do consumo de energia elétrica. Flores que também são vendidas por Célia não são fáceis de cultivar. “O solo acaba esquentando muito com o sol forte e as flores eu estou quase desistindo de cultivar porque não consigo vencer na água. Quando molhamos a terra, ela esquenta e queima a raiz das plantações, mesmo usando sombrite em cima do cultivo não está fácil. Espero que chova bastante e logo”, enfatiza a produtora.
Para o também produtor de Lomba Grande Roberto Winck, o impacto ainda não foi grande. “Não tive perda, mas se continuar essa seca teremos prejuízos. Em compensação, por precisar de irrigação acabamos tendo mais trabalho e aumento da energia elétrica e água por causa da utilização da irrigação”, conta Winck.
Estado em alerta
Segundo o biólogo e extensionista rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) Carlos Roberto D’Avila Rocha, que também é coordenador da Emater em Novo Hamburgo, muitas cidades do Rio Grande do Sul já estão em estado de emergência. “Em Novo Hamburgo ainda não estamos, mas se não chover grandes proporções logo ficaremos em estado crítico também”, salienta Rocha.
A Emater tem vários incentivos e apoios aos agricultores, como programas e seguros de ressarcimento de perdas. Mas Rocha reforça a importância de se atentar às épocas de plantio. “Já sabemos que a estiagem nesta época é bem comum então a dica é que o milho, por exemplo, seja plantado em agosto, para ele chegar a esta época em estado de maturação e escapar das perdas. A soja realmente não temos muito o que fazer, pois precisa ser plantada em outubro ou novembro e acaba sendo afetada pela seca”, explica Rocha.
Chuvas não foram o suficiente
Conforme a MetSul, os primeiros dias do ano registraram chuvas em quase todas as regiões do RS, mas a chuva foi extremamente irregular e com uma enorme variabilidade de volumes de um ponto para outro dentro da mesma região, o que fez com que algumas localidades tivessem precipitação com acumulados mais altos e locais muito próximos pouco ou nada de chuva.
Mesmo que tenha chovido em grande parte do estado, o cenário só tende a piorar na estiagem que assola o Rio Grande do Sul. “Os acumulados de precipitação foram muito baixos na esmagadora maioria das cidades gaúchas e a água que se precipitou rapidamente vai evaporar com uma sequência de dias de sol e calor, levando à perda de umidade do solo e maior estresse para as lavouras”, explica a meteorologista Estael Sias.
Estael reforça que as projeções de chuva para os próximos dez dias são muito ruins. “O restante da semana terá o predomínio do tempo firme com muito sol e tardes de baixa umidade de quinta em diante”, finaliza.