À ESPERA
Estado faz jogo de empurra-empurra sobre situação de professores da Liberato
Fundação solicita autorização para abertura de concurso. Faltam professores na maior escola pública da região
Última atualização: 22/11/2023 12:45
O empurra-empurra sobre a situação do quadro de recursos humanos da Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha continua dentro do governo do Estado. Mesmo depois da direção ter procurado a Assembleia Legislativa e a Casa Civil para expor a situação da maior escola pública técnica da região, nada mudou.
Há um pedido de abertura de concurso público no Grupo de Assessoramento Especial (GAE) da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Mas o processo não avança porque há outro procedimento parado na Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Trata-se do Programa de Demissão Incentivada (PDI) que conta, ao menos, com 103 funcionários da Liberato interessados. Enquanto o PDI não é aprovado, o concurso não pode ser autorizado.
Dos 287 servidores da instituição, 70 são do setor administrativo e o restante professores, além de 75 estagiários, número que extrapola o limite permitido em lei. Educadores lotados em cargos de gestão e supervisão pedagógica estão em sala para que os alunos não fiquem sem aula, devido à falta de mão de obra. Como faltam professores, a Liberato não pode aumentar o número de matrículas, embora tenha capacidade física. Além disso, os docentes cobram reposição salarial. Último concurso foi realizado em 2014, para 18 vagas, sendo que havia necessidade de reposição de 31.
No dia 17 de outubro, um grupo da Liberato esteve na Comissão de Educação da Assembleia, com a deputada Sofia Caverdon, pedindo apoio. Na abertura da Mostratec, em 22 de outubro, a Associação dos Docentes (AD Liberato) promoveu um protesto silencioso. Depois, em 30 de outubro, uma comissão da escola foi recebida pelo subsecretário da Casa Civil/RS, Gustavo Paim, acompanhado do deputado Issur Koch e da assessoria do deputado Miguel Rosseto. Em 6 de novembro, novo encontro na Assembleia, desta vez com o presidente da Casa, o deputado Vilmar Zanchin. Além disso, em 9 de novembro o AD Liberato promoveu um dia de paralisação das atividades e ainda ocupou a tribuna da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo.
“Está tudo parado no mesmo local, não houve nenhum avanço, apesar de todas as reuniões com os deputados e presidência da Assembleia”, lamenta a direção da instituição por meio de nota.
Questionada, a Casa Civil pediu que a reportagem buscasse respostas junto à Seduc. A Seduc, por sua vez, informou que o assunto estava a cargo da Casa Civil. Procurada novamente, a Casa Civil salientou que não existem novidades sobre a possibilidade de um concurso. Sobre o PDI, não se manifestou.
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