AUMENTO ANTES DA HORA
Em Novo Hamburgo já tem posto de combustível vendendo gasolina acima dos R$ 6,00
Reajustes nas bombas estão programados para esta terça-feira (11) em todo o país
Última atualização: 10/06/2024 23:51
A partir desta terça-feira (11), os preços dos combustíveis devem sofrer um aumento em todo o Brasil, com o Rio Grande do Sul sendo afetado pelas medidas anunciadas pelo governo federal. A decisão de restringir o uso dos créditos de PIS/Confins pelas empresas, com o intuito de aumentar a arrecadação da União, terá um impacto direto nos valores praticados nas bombas.
No início da noite desta segunda-feira (10), a reportagem percorreu postos de combustíveis em Novo Hamburgo e constatou que já há locais em que a gasolina ultrapassa os R$ 6,00. Embora a maioria dos estabelecimentos continuassem vendendo o litro da gasolina comum a R$ 5,85 e a R$ 5,89, na Avenida Pedro Adams Filho, um dos postos já vendia a R$ 6,19.
- Homem é baleado por cunhado em Novo Hamburgo e dirige até Dois Irmãos em busca de atendimento médico
O Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) estima que o aumento na gasolina pode variar de 4% a 7%, enquanto no diesel, a elevação pode ficar entre 1% e 4%. Essa mudança se deve à impossibilidade das distribuidoras de combustíveis utilizarem os cerca de R$ 10 bilhões acumulados em créditos de PIS/Cofins.
As distribuidoras já comunicaram aos revendedores sobre os ajustes de preços, que podem variar entre 4 e 11 centavos por litro. A Ipiranga foi uma das primeiras empresas a se manifestar, ressaltando que o preço final dos combustíveis na bomba é uma decisão dos revendedores, dentro do regime de livre iniciativa e concorrência, conforme explica o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Estado do Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal'Aqua:
“Sim, essas informações estão chegando. A própria Ipiranga mandou uma informação oficial comunicando que a partir de amanhã (11) vai ter um reajuste. Só que a gente não sabe quanto e as outras distribuidoras também não estão informando quanto.
Isso tudo é em função dessa medida provisória do PIS e Cofins, que já vai entrar em vigor essa semana, e tá essa movimentação. Então, não tem nada a ver com Petrobras, é uma questão de curso e a gente também não sabe o quanto que vem. Por enquanto é tudo preliminar”, informou.
A medida de restringir os créditos de PIS/Cofins, segundo o governo federal, é uma resposta à necessidade de compensação pela desoneração da folha de pagamento de 17 setores, medida que foi prorrogada até 2027 pelo Congresso Nacional, mas que acabou suspensa temporariamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destaca que essa decisão visa corrigir distorções e garantir uma arrecadação mais equilibrada para o país.