NOVO HAMBURGO
Dois anos após incêndio, Casarão Friedrich enfrenta novos problemas
Lona que cobria o telhado rasgou e família cobra apoio. Prefeitura diz que não foi procurada pelos proprietários
Última atualização: 15/12/2023 17:31
Dois anos após o incêndio que atingiu o último pavimento, o casarão histórico da família Friedrich, que fica no bairro Guarani, em Novo Hamburgo, está com novos danos. A lona que foi colocada em fevereiro do ano passado está rasgada em alguns pontos, e a chuva e o vento, conforme a família, trouxeram prejuízos ao espaço que tem estrutura original do século 19.
"A lona rasgou com a última ventania e mais nada foi feito, vejo que não tem solução. Quando colocaram a lona já fazia um ano do incêndio, já tinha apodrecido o assoalho, tivemos que vender os móveis. Agora está pior. Espero que pelo menos consertem", conta um dos herdeiros do imóvel Eduardo Friedrich, que vive no local.
A Prefeitura de Novo Hamburgo informou que não foi procurada pela família. "Na época, o incêndio mobilizou várias frentes, como secretaria de Cultura, secretaria de Obras, de Meio ambiente, Ministério Público (MP). Após a fase da burocracia foi feito o socorro imediato, um diagnóstico da situação. A partir disso, junto com o MP, a prefeitura tomou medidas para tombar provisoriamente o casarão, e naquele momento, a família teria que proteger o bem e iniciar um processo para angariar fundos. A Prefeitura fez a sua parte, a família tem que dar conta de socorrer o imóvel", diz o secretário de Cultura de Novo Hamburgo, Ralfe Cardoso.
O tombamento foi feito de forma provisória, ainda em 2021, o que permitiu que a Administração Municipal iniciasse o processo para o reparo emergencial no telhado. Depois, conforme Cardoso a responsabilidade ficaria com a família, já que o imóvel é privado. "Nunca fomos procurados neste tempo todo. A secretaria está aberta para dialogar e ajudar a encontrar pessoas que possam fazer o reparo e o restauro. Temos parceria e sensibilidade para evoluir neste cenário. É fundamental a manutenção deste imóvel e acredito que a família saiba deste valor", completa o secretário de Cultura.
Para Eduardo, o contato deveria ter vindo de forma espontânea por parte da Prefeitura. Ele também defende que o reparo emergencial poderia ter sido convertido na colocação de telhas. "Riparam o telhado, poderiam ter colocado telha, zinco, brasilit. A lona não aguenta o vento. A verdade é que a placa que está na frente do casarão diz 'manutenção' e ela não existe", desabafa.
Sobre o tombamento, o morador defende que ele seja apenas do casarão e não da área total. "Quando a prefeita assinou o decreto do tombamento provisório, entrei com recurso para ser o prédio e não a matriz inteira. Até hoje não tive resposta", explica.
O casarão
Não há um registro exato da data do casarão, mas a atafona (espécie de moinho movido pela força animal) é de 1845. Em 1887, o imóvel foi adquirido por Germano Friedrich, e em 1984, Odilo, filho de Germano e pai de Eduardo, concluiu uma grande restauração no local, que chegou a funcionar como museu. Nas décadas de 1970 e 1980, por exemplo, era comum as escolas levarem os alunos ao local. A propriedade conta ainda com um espaço onde funcionou uma senzala.
Dois anos após o incêndio que atingiu o último pavimento, o casarão histórico da família Friedrich, que fica no bairro Guarani, em Novo Hamburgo, está com novos danos. A lona que foi colocada em fevereiro do ano passado está rasgada em alguns pontos, e a chuva e o vento, conforme a família, trouxeram prejuízos ao espaço que tem estrutura original do século 19.
"A lona rasgou com a última ventania e mais nada foi feito, vejo que não tem solução. Quando colocaram a lona já fazia um ano do incêndio, já tinha apodrecido o assoalho, tivemos que vender os móveis. Agora está pior. Espero que pelo menos consertem", conta um dos herdeiros do imóvel Eduardo Friedrich, que vive no local.
A Prefeitura de Novo Hamburgo informou que não foi procurada pela família. "Na época, o incêndio mobilizou várias frentes, como secretaria de Cultura, secretaria de Obras, de Meio ambiente, Ministério Público (MP). Após a fase da burocracia foi feito o socorro imediato, um diagnóstico da situação. A partir disso, junto com o MP, a prefeitura tomou medidas para tombar provisoriamente o casarão, e naquele momento, a família teria que proteger o bem e iniciar um processo para angariar fundos. A Prefeitura fez a sua parte, a família tem que dar conta de socorrer o imóvel", diz o secretário de Cultura de Novo Hamburgo, Ralfe Cardoso.
O tombamento foi feito de forma provisória, ainda em 2021, o que permitiu que a Administração Municipal iniciasse o processo para o reparo emergencial no telhado. Depois, conforme Cardoso a responsabilidade ficaria com a família, já que o imóvel é privado. "Nunca fomos procurados neste tempo todo. A secretaria está aberta para dialogar e ajudar a encontrar pessoas que possam fazer o reparo e o restauro. Temos parceria e sensibilidade para evoluir neste cenário. É fundamental a manutenção deste imóvel e acredito que a família saiba deste valor", completa o secretário de Cultura.
Para Eduardo, o contato deveria ter vindo de forma espontânea por parte da Prefeitura. Ele também defende que o reparo emergencial poderia ter sido convertido na colocação de telhas. "Riparam o telhado, poderiam ter colocado telha, zinco, brasilit. A lona não aguenta o vento. A verdade é que a placa que está na frente do casarão diz 'manutenção' e ela não existe", desabafa.
Sobre o tombamento, o morador defende que ele seja apenas do casarão e não da área total. "Quando a prefeita assinou o decreto do tombamento provisório, entrei com recurso para ser o prédio e não a matriz inteira. Até hoje não tive resposta", explica.
O casarão
Não há um registro exato da data do casarão, mas a atafona (espécie de moinho movido pela força animal) é de 1845. Em 1887, o imóvel foi adquirido por Germano Friedrich, e em 1984, Odilo, filho de Germano e pai de Eduardo, concluiu uma grande restauração no local, que chegou a funcionar como museu. Nas décadas de 1970 e 1980, por exemplo, era comum as escolas levarem os alunos ao local. A propriedade conta ainda com um espaço onde funcionou uma senzala.
"A lona rasgou com a última ventania e mais nada foi feito, vejo que não tem solução. Quando colocaram a lona já fazia um ano do incêndio, já tinha apodrecido o assoalho, tivemos que vender os móveis. Agora está pior. Espero que pelo menos consertem", conta um dos herdeiros do imóvel Eduardo Friedrich, que vive no local.
A Prefeitura de Novo Hamburgo informou que não foi procurada pela família. "Na época, o incêndio mobilizou várias frentes, como secretaria de Cultura, secretaria de Obras, de Meio ambiente, Ministério Público (MP). Após a fase da burocracia foi feito o socorro imediato, um diagnóstico da situação. A partir disso, junto com o MP, a prefeitura tomou medidas para tombar provisoriamente o casarão, e naquele momento, a família teria que proteger o bem e iniciar um processo para angariar fundos. A Prefeitura fez a sua parte, a família tem que dar conta de socorrer o imóvel", diz o secretário de Cultura de Novo Hamburgo, Ralfe Cardoso.