Um abastecimento deixou um motorista de Novo Hamburgo intrigado, ao perceber que a quantidade de combustível registrada na bomba, excedia a capacidade do tanque de seu carro.
Foto: Arquivo/GES
“O tanque do meu carro tem 50 litros, só que na bomba marcou 53 litros, o que me deixou confuso”, disse o condutor que preferiu não se identificar.
Para esclarecer o caso, a reportagem conversou com o especialista em automotiva, Sandro Heleno Auler, que é professor da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha.
Segundo Auler, é comum ocorrerem pequenas discrepâncias entre a capacidade do tanque de combustível indicada no manual do carro e a quantidade registrada na bomba de abastecimento.
“O normal é de 5%, podendo haver variação de até 10% em casos extremos, dependendo do veículo e das condições adversas no momento do abastecimento”, afirma o especialista.
Ele destaca que fatores como o material de fabricação dos tanques e a posição do veículo durante o abastecimento podem influenciar nessas variações.
De acordo com Auler, existe uma margem acima do que é prescrito no manual do carro, geralmente em torno de 55 litros para veículos brasileiros, devido à dilatação térmica ou física dos tanques de combustível. “Considera-se que o ideal é que o abastecimento seja concluído pelo frentista no primeiro click do gatilho da bomba de combustível”, acrescenta.
Ao ser questionado sobre o que os motoristas podem fazer quando se ficarem desconfiados de que estão sendo cobrados por uma quantidade de combustível superior à que entrou no tanque, Auler recomenda procurar o Procon ou as autoridades competentes para investigação. Porém, ele enfatiza que é preciso considerar esse efeito da dilatação térmica ou física dos tanques.
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