Para dar início a fiscalização e o combate ao mosquito transmissor da dengue, a Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Vigilância em Saúde, começou nesta semana as visitas nas residências para vistoriar pátios e estabelecimentos comerciais. A ação faz parte do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), e é feita por 30 agentes de combate às endemias, que circulam por todos os bairros da cidade orientando e inspecionando os imóveis.
Foto: Laura Rolim/GES-Especial
Através da pesquisa será possível estimar a situação da dengue no município neste início de ano, já que, em 2024, Novo Hamburgo registrou um dos piores cenários do Estado, com quase 16 mil casos confirmados e 20 óbitos, sendo que em 2023 foram 2.250 casos confirmados e nenhuma morte.
Entre os fatores que impactaram no resultado estão as altas temperaturas registradas ao longo de 2024, que implicaram no aumento expressivo de casos de um ano para o outro.
“Sabemos que a tendência no verão é que ocorra uma proliferação maior dos mosquitos e, consequentemente, do Aedes aegypti. Após o resultado do LIRAa conseguiremos estimar a real situação do Município, para direcionar as próximas ações no combate ao vetor”, destaca a gerente de Vigilância em Saúde, Débora Spessato Bassani.
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Para garantir a efetividade das ações nos números da dengue, a força-tarefa continuará pelos próximos três meses, pois o pico de casos ocorre historicamente em abril. “É fundamental que a comunidade colabore, permitindo o acesso dos profissionais para as inspeções. Os agentes estarão devidamente identificados, usando coletes verdes e crachás”, orienta Débora.
Como são as visitas
Através do LIRAa, cerca de 5% dos imóveis de Novo Hamburgo são vistoriados, com objetivo de identificar como está a infestação da cidade, além de classificar os locais do município que necessitam de maior atenção nas ações de prevenção.
Para a coleta de dados do levantamento, a equipe do projeto realiza inspeções em busca de depósitos com larvas, sendo que as visitas são mais rápidas e menos detalhadas. Conforme o agente de combate a endemias Eduardo Muller, nas últimas visitas feita com o colega Valnei Kotlewski, a dupla tem encontrado larvas nas caixas de coleta de chuva.
“O mosquito acaba entrando pelo cano da calha, e é exatamente onde encontramos bastante larvas”, observa. Para evitar a proliferação, Muller recomenda aplicar água sanitária ou cloro de piscina para agir e evitar focos do mosquito da dengue.
Entre as orientações repassadas aos moradores, Muller afirma que os agentes buscam esclarecer a desinformação que ainda existe em relação à dengue. “Tentamos utilizar uma linguagem mais informal, sem termos técnicos, para que as pessoas realmente entendam. Por exemplo, a maioria acha que o mosquito pica durante a noite. No entanto, o mosquito da dengue costuma picar durante o dia”, ressalta o agente de endemias.
Casos em 2025
Nos primeiros dez dias de janeiro de 2025, segundo o Painel de Dados do Governo do Estado, foram registrados apenas dois casos de dengue em Novo Hamburgo e 32 notificações.
Apesar dos números estarem baixos neste início de ano, a gerente de Vigilância em Saúde de Novo Hamburgo observa que “é preciso seguir com os cuidados necessários, pois existe a circulação viral e, com a proliferação do Aedes aegypti no verão, a tendência é que os casos aumentem”, afirma Débora.
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Dicas para evitar a dengue
Para evitar a proliferação do Aedes aegypti, a Prefeitura orienta que a população tampe caixas d’água, ralos e pias; higiene bebedouros dos animais de estimação; descarte corretamente pneus velhos; retire água acumulada da bandeja externa da geladeira e bebedouros; limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água; coloque areia nos vasos de plantas; amarre bem os sacos de lixo e não descarte resíduos sólidos em terrenos abandonados ou na rua; e que faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas.
Em caso de sintomas, a Prefeitura de Novo Hamburgo recomenda que a população procure atendimento na Unidade de Saúde mais próxima de sua residência, “pois um diagnóstico mais rápido e um manejo clínico adequado, salvam vidas”, afirma Débora.
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