O nível do Rio dos Sinos após às 17h desta segunda-feira (4), em Novo Hamburgo, era de 5,81m, nove centímetros a mais do que às 14 horas, quando registrava 5,72m. Apesar da chuva ter diminuído durante à tarde, a situação ainda é de alerta e risco de transbordamento do leito, que ocorre a partir de 7 metros. Conforme a Defesa Civil, a água atinge trechos de ruas na Vila Palmeira, mas sem atingir casas. Desde que começou a chover no domingo (3), foram registrados 130 milímetros de chuva em 30 horas, volume próximo da média histórica para todo o mês de setembro, que é de 168mm.
Em caso de dúvidas e emergências, os moradores podem ligar para a Defesa Civil, para os telefones (51) 3587-7863 e (51) 3097-9408, ou para o Corpo de Bombeiros, pelo 193. Os números do plantão da Defesa Civil de Novo Hamburgo são: 99707-9954 | 98058-9979 | 98013-9178 | 99920-8131 | 99467-6568.
Campo Bom
Em Campo Bom, o nível do Rio dos Sinos chegou a 5,38m às 17h desta segunda (4). De acordo com a Prefeitura, a marcação subiu 2,98m nas últimas 24 horas, sendo 1,10m entre 5h e 17h. Ritmo um pouco menor do que o registrado durante a noite. A medição é feita na ponte da Barrinha, onde mora Cristian Silveira, de 33 anos, com mais dois familiares. “Por enquanto não temos a intenção de sair de casa, até porque há perigo de saqueamentos”, afirma. Embora o Rio dos Sinos passe logo atrás de sua casa, na enchente de junho, a água entrou somente em seu pátio por conta da elevação da residência.
Entre 9h e 17h desta segunda-feira (4), o acumulado de chuva foi de 41.6mm, chegando a 126,4mm desde domingo (3), conforme a Estação Meteorológica de Campo Bom. “Infelizmente a quarta enchente do ano no Vale dos Sinos irá ocorrer”, comenta o responsável pela Estação, Nilson Wolff. Em Campo Bom, o rio transborda com 7,20m. Em caso de emergência, ligue para a Defesa Civil: (51) 99631-4625.
Sapiranga
No início da tarde, a Defesa Civil de Sapiranga, junto à Assistência Social, visitou cerca de 20 famílias no bairro Porto Palmeira, que vivem às margens do Arroio Sapiranga. De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Sírio Baum, as pessoas foram alertadas sobre o risco de alagamentos e recomendadas que fossem para o ginásio de esportes da Escola Doutor Décio Gomes Pereira, no bairro São Luiz. “As famílias ainda estão resistentes, não querem sair de casa pois têm medo de furtos. Mas estamos fazendo esse trabalho preventivo”, comenta. Até domingo, havia chovido 106 milímetros e a previsão é um total de cerca de 200 mm.
Até o meio da tarde, somente o casal Lori Lauterio, 48 anos, e Geneci Benedito Lauterio, 57, havia ido para o ginásio. Como consequência do ciclone de junho, eles precisaram ficar 30 dias fora de casa, na residência de parentes. Desta vez, resolveram ir preventivamente ao ginásio por medo da água subir muito rápido. “Alguma coisa conseguimos erguer agora antes de sair. Quando a gente viu a água já subindo, colocamos as cobertas que eu tinha em cima do guarda-louça e da pia. De manhã saímos de carro, pegamos o cachorrinho, o travesseiro e saímos. Na outra vez ficamos com água passando a barriga”, conta Geneci.
À noite, além deles, um outro casal e uma família com sete pessoas também foi ao abrigo totalizando nove adultos e duas crianças.
Outro morador, Edson Silva, 41, que vive às margens do Rio dos Sinos, disse estar apreensivo, mas que ainda falta muito para a água chegar à sua casa. “Precisa subir mais uns três metros para entrar em casa. Em junho a água entrou um metro, e como trabalho com reciclagem, molhou todo o papelão e perdi outros materiais”, afirma.
Na região central, o Arroio Mauá começava a extravasar o leito perto das 18 horas e as ruas ao entorno da UPA estão alagadas.
Igrejinha
Acumulado de chuva nas últimas horas 24h em Igrejinha, até às 16 horas, foi de 102.43mm, sendo 135.09mm em 48 horas. A Defesa Civil acompanha a situação do Rio Paranhana e arroios e alagamentos causados por haviam sido registrados em algumas ruas, mas não por transbordos. No bairro Viaduto, um deslizamento comprometeu parcialmente a estrutura de duas residências, mas sem deixar feridos. O local foi isolado pela Defesa Civil e pelos Bombeiros Voluntários para análise técnica.
Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 193. Para informações, o número é (51) 3545-8505, com os bombeiros.
Taquara
O Rio dos Sinos, na área de captação no bairro Empresa, está alto, mas ainda dentro da calha. O coordenador da Defesa Civil do município, Alessandro Santos, informou que não há iminência rápida de alagamentos ou inundações na localidade. Já no bairro Santa Maria, a situação preocupa mais, uma vez que o rio saiu do leito, deixando duas ruas parcialmente bloqueadas por estarem alagadas. “Estamos monitorando, se for preciso, iremos recolher as famílias do local”, diz Santos. Foram 134mm de chuva entre domingo e a tarde de segunda.
Parobé
Uma família do bairro XV de Junho foi para o Ginásio Municipal de forma preventiva por morar em uma área de risco do Rio Paranhana. Algumas ruas ficaram alagadas, mas sem causar danos. O registro de chuva em 24 horas foi de 99 milímetros.
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