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BOAS IDEIAS

De equipamento que mede poluição do ar a dispositivo que flagra mosquito da dengue, feira da Liberato é trampolim para Mostratec

Feicit começou nesta terça-feira (24) e segue até quinta (26), na sede da instituição

Laura Rolim
Publicado em: 24/09/2024 às 20h:36
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Com o objetivo de credenciar os alunos para participarem da Mostratec, que ocorre em outubro, na Fenac, a Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha realiza, até quinta-feira (26), a 28ª Feira Interna de Ciência e Tecnologia (Feicit), na sede da instituição. São mais de 90 trabalhos que serão avaliados, sendo que somente 64 poderão participar da Mostratec.

Feicit revela os projetos da Liberato para Mostratec  | abc+



Feicit revela os projetos da Liberato para Mostratec

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

De acordo com o coordenador de ensino noturno e da Feicit, Marcio Momberger, a feira interna da escola serve como um credenciamento para a Mostratec. Ao todo, são 120 trabalhos que serão apresentados nos três dias, sendo que 24 são da iniciação científica.

“Os terceiros e quartos anos participam com a intenção de ir para a Mostratec, e os primeiros e segundos anos participam pela iniciação científica, que é justamente para ter um contato com as feiras, ter o processo de metodologia, mas não necessariamente precisam ter o trabalho concluído”, explica Momberger.

A seleção dos trabalhos é feita por avaliadores internos, escolhidos pelos próprios cursos técnicos da Liberato. “Como não tem vaga para todos, precisam passar por essa avaliação para ir para a Mostratec, afinal, são 64 vagas, divididas por cada curso”, comenta.

Além dos alunos que podem assistir às apresentações, a Feicit é aberta ao público, que pode visitar nos seguintes horários. 

25/09 (quarta-feira) – das 8h às 12h, das 13h30min às 18h e das 19h às 21h30min;
26/09 (quinta-feira) – 8h às 12h e das 13h30min às 16h. A cerimônia de premiação acontece neste mesmo dia, a partir das 17h30min.

Projetos miram passaporte para Mostratec

Entre os trabalhos presentes na Feicit está o sensor desenvolvido pelas alunas do curso de eletrotécnica Fernanda Nunes, 18, e Juliana Stefani, 19, que, a partir da análise da poluição do ar, da emissão dos gases e materiais particulados emitidos através das atividades humanas, decidiram criar um equipamento que mede o nível de monóxido de carbono no ambiente.

Fernanda e Juliana criaram equipamento que mede o nível de monóxido de carbono no ambiente | abc+



Fernanda e Juliana criaram equipamento que mede o nível de monóxido de carbono no ambiente

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

“A fumaça das queimadas é um exemplo dessa poluição, e a qualidade do ar não vem sendo medida como deveria. Temos carência nas estações de monitoramento. Por isso, esse sensor, de baixo custo, pode ajudar a medir e gerar dados para que pesquisadores e autoridades tomem iniciativas ou possam minimizar os efeitos do que vem acontecendo”, explica Fernanda.

Também relacionado aos problemas da atualidade, o projeto das alunas Heloísa Ceolin Balzan e Gabriela Muller, utiliza inteligência artificial para contabilizar a presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, em áreas da cidade.

“Nós tivemos a ideia por conta dos inúmeros casos de dengue que o Brasil vem registrando neste ano. Hoje em dia, a identificação dos mosquitos é feita de forma manual, através dos agentes de saúde. Para automatizar, criamos um dispositivo onde o mosquito entra e uma câmera faz o reconhecimento por imagem para saber se é da espécie Aedes aegypyi”, explica Gabriela. O propósito do trabalho é aprimorar o controle de enfermidades transmitidas pelo mosquito.

Heloísa e Gabriela utilizam inteligência artificial para contabilizar a presença do mosquito Aedes aegypti | abc+



Heloísa e Gabriela utilizam inteligência artificial para contabilizar a presença do mosquito Aedes aegypti

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

De acordo com Heloísa, através da Mostratec, a dupla quer mostrar para o público as possibilidades relacionadas à tecnologia. “Podemos resolver alguns problemas se utilizarmos a tecnologia. Nesse caso, a tecnologia pode diminuir os riscos dos agentes e das pessoas de se contaminarem”, ressalta.

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